28 de fev. de 2014

Gênios da Química #36: Henry Moseley


Henry Gwyn Jeffreys Moseley (Weymouth, 23 de novembro de 1887 — Gallipoli, 10 de agosto de 1915) foi um físico inglês.
Foi assistente de Ernest Rutherford. Descobriu, em 1913, uma relação entre o espectro de raios X de um elemento químico e seu número atômico. Foi o primeiro a conseguir determinar os números atômicos dos elementos com precisão. Mostrou que, quando os átomos eram bombardeados pelos raios catódicos, eles emitiam raios X, e, já que cada um tinha sua propriedade, determinava os valores dos números atômicos, e ainda previu lugares na tabela periódica para outros elementos, que foram descobertos anos mais tarde. Desta forma, a disposição dos elementos na tabela periódica ficou com um parâmetro mais adequado, que persiste até hoje. Cientistas posteriores foram determinando os números de prótons de outros elementos a partir desta técnica.
Ainda em 1913 enunciou a lei de Moseley, que estabelece a relação entre a frequência de um raio röntgen, emitido por um átomo, e os níveis de energia entre os quais um elétron salta. Moseley planejou continuar sua pesquisa sobre física em Oxford, assim renunciou a Manchester. Mas seus planos não seguiram em frente, pois, quando a Primeira Guerra Mundial estourou, ele decidiu se alistar no exército britânico. Morreu em combate em 1915, durante a Campanha de Galípoli, na Turquia.
Graças ao seus estudos a tabela periódica adquiriu sua forma definitiva.

Vídeo Aula #193: Química Ambiental - Chuva Ácida

27 de fev. de 2014

Densidade e Colesterol

Qual a relação existente entre densidade e doenças do coração? A partir de agora você vai conhecer os dois tipos de Colesterol e a densidade envolvida no fluxo sanguíneo.
O HDL (Hight Density Lipoproteins) é o chamado colesterol bom, sua lipoproteína correspondente possui alta densidade. O HDL presente no sangue é transportado diretamente para o fígado, lá esse colesterol é metabolizado e excretado. Os benefícios deste processo é que as paredes das artérias não ficam entupidas. A densidade proporciona à substância um maior peso e consequentemente uma facilidade de escoamento.

O LDL (Low Density Lipoproteins), mais conhecido como colesterol ruim, é composto por lipoproteínas de baixa densidade que ocasionam o entupimento das artérias. A baixa densidade da lipoproteína a torna muito leve dificultando a circulação dentro das veias.

O LDL em grande porcentagem é responsável pelo Ateroma (estreitamento da artéria), observe a ilustração abaixo:


Na artéria normal o sangue tem seu fluxo controlado, não causando danos à saúde. Já na artéria com obstrução, a popular “veia entupida”, o colesterol foi depositado de forma a dificultar a passagem do sangue. A circulação sanguínea neste caso fica comprometida, a falta de irrigação no músculo cardíaco pode levar o indivíduo a um infarto fatal.

Compare a densidade do colesterol bom e ruim:

LDL – 1,04 g /cm3
HDL – 1,13 g /cm3

Uma solução para diminuir o nível de LDL no sangue é a prática diária de exercícios físicos associada a uma dieta com baixo teor de gordura (poucas calorias). 

Vídeo Aula #192: Química Ambiental - SMOG Fotoquímico

26 de fev. de 2014

Petróleo Extrapesado

Já ouviu falar do petróleo extrapesado? Pelo nome já dá para saber que se trata de um líquido de alta viscosidade. No Brasil existem jazidas com alta concentração deste combustível fóssil, a que mais se destaca é a Bacia de Siri, localizada no litoral do Rio de Janeiro (95 metros de profundidade e a 80 quilômetros da costa).

A unidade instalada no reservatório de Siri tem capacidade de extrair 15 mil barris/dia, se tornou a primeira do país a extrair petróleo extrapesado e a primeira do mundo a produzir o combustível em campos marítimos.

Alta densidade

Para termos uma noção de como o petróleo extrapesado é viscoso, que tal compará-lo com a água. Sua densidade chega a ser duzentas vezes maior se comparada à da água, veja na imagem abaixo como é difícil seu escoamento:


Surge então uma dúvida: como é possível extrair este óleo denso do interior das jazidas?

As bombas de sucção especiais (altamente potentes) existem para isso, elas se encarregam de promover a extração de petróleo dos poços. Devido à alta densidade, o petróleo é destinado à produção de cimento asfáltico e combustível naval.


Fonte:http://www.brasilescola.com/quimica/petroleo-extrapesado.htm

Vídeo Aula #191: Química Ambiental - Camada de Ozônio

24 de fev. de 2014

O Espinafre Realmente Deixa A Pessoa Mais Forte?

No início do século XX, o espinafre ficou bastante conhecido por meio do desenho animado do marinheiro Popeye. Esse alimento dava uma força sobre-humana ao personagem, fazendo com que ele conseguisse se livrar de todas as armadilhas nas quais se encontrava. Foi atribuída ao espinafre a propriedade de ser uma fonte em ferro.
É bem verdade que o espinafre contém níveis maiores desse metal do que a maioria dos vegetais, sendo que ele contém 4 mg de ferro em 100 g. Por exemplo, a ervilha possui 2 mg, a couve-bruxelas 1 mg e o repolho possui apenas 0,5 mg.
No entanto, essa característica atribuída ao espinafre, de infundir força na pessoa que o consumia, baseou-se num erro de datilografia numa pesquisa em 1870, envolvendo um pesquisador americano, o Dr. E. Von Wolf. Ele queria dizer que em cada 60 g de espinafre havia 1,9 mg de ferro. Porém, faltou a vírgula nesse número e ficou parecendo que eram 19 mg, ou seja, dez vezes mais ferro do que realmente tinha.
Folhas de espinafre
Os íons ferro (Fe2+) são importantes para o nosso organismo, sendo que sua principal função está relacionada com o transporte, estoque e utilização do oxigênio molecular. Eles estão presentes na hemoglobina, auxiliando no transporte de oxigênio dos pulmões aos tecidos celulares. A quantidade diária necessária para um adulto é estimada em torno de 12 mg e a deficiência desses íons pode levar à anemia.
Porém, mesmo possuindo essa quantidade considerável de ferro, quando ingerimos o espinafre, apenas 5% desse metal é absorvido pelo nosso organismo. E dependendo da quantidade de espinafre que comemos, podemos até mesmo nos intoxicar. Isso acontece porque essa hortaliça possui também na sua constituição o ácido oxálico (C2H2O4), cuja fórmula está representada abaixo:
Fórmulas do ácido oxálico
Essa substância tem grande afinidade com metais, por isso, no espinafre, o ácido oxálico atua como um antinutriente, tornando 95% do ferro não utilizável como nutriente pelo organismo.
O ácido oxálico é um componente do espinafre e de muitos outros alimentos, como o chocolate, quepode até matar, apesar de raramente isso ocorrer. Para saber mais sobre essa substância, leia o texto “Presença de ácido oxálico nos alimentos”. A dose letal desse ácido é de 1500 mg.
Nos Estados Unidos, no ano de 1951, algumas mães deram leite batido com espinafre para seus filhos, que acabaram morrendo. Por isso, não exagere ao comer essa hortaliça, principalmente no que se refere às crianças.
O ácido oxálico também se combina com o cálcio, formando oxalato de cálcio que é insolúvel, podendo provocar pedras nos rins e na bexiga.
Parece então que o marinheiro Popeye estava mal informado, podemos esperar pouco do espinafre como fonte nutricional. Todavia, isso não significa que ele não nos ofereça benefícios e que não deve ser comido. Como dito, o exagero é que deve ser evitado, mas ele possui substâncias antioxidantes responsáveis por bloquear as substâncias causadoras de câncer, também contém vitamina A e C, além da substância folato, que ajuda a prevenir defeitos neurológicos em bebês.
Existem também pesquisas recentes que indicam que o espinafre pode aumentar sim a eficiência muscular, pois ele reduziria a quantidade de oxigênio necessária para o funcionamento dos músculos quando se pratica um exercício físico. Isso ocorre devido aos nitratos dessa hortaliça chegarem com mais eficiência às mitocôndrias, responsáveis pela produção de energia nas células.

Vídeo Aula #189: Radioatividade - Meia Vida

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