
Esse tipo de reação libera muito mais energia que as reações químicas e
mais até do que as reações nucleares de fissão. A bomba de hidrogênio,
por exemplo, que é conseguida com a fusão de um deutério e um trítio,
tem um poder de destruição cerca de 700 vezes maior que a bomba de
Hiroshima, que foi uma bomba de fissão nuclear.
As reações nucleares estão presentes nos astros como as estrelas, incluindo o próprio Sol.
Visto que essas reações ocorrem com altas temperaturas, o núcleo das estrelas é o lugar ideal para elas acontecerem. Essas são reações em cadeia,
ou seja, os produtos formados iniciam novas reações e podem continuar
realizando fusões com outros núcleos, e assim sucessivamente.
No caso das estrelas, inicia-se na fusão de dois prótons, com formação
de um núcleo de deutério (dêuteron), um nêutron (responsável pela
liberação de energia) e um elétron. Posteriormente, esse dêuteron
formado se funde com um próton, originando o hélio-3. Esse hélio-3
realiza uma fusão com outro átomo de hélio-3 e dá origem ao hélio-4 e a
dois prótons. E assim sucessivamente, com a formação desses e de outros
elementos. O Sol transforma, em seu núcleo, várias centenas de milhões
de toneladas de hélio, a cada segundo. Por isso ele é muito mais rico em
hidrogênio e hélio do que a Terra.
Com o tempo as estrelas acabam morrendo e, quando isso ocorre, algumas
ejetam todos os elementos químicos conhecidos (a maioria deles,
inclusive, foi formada dentro das próprias estrelas). Esses elementos se
misturam ao material interestelar para formar novas estrelas e outros
corpos celestes, incluindo planetas, como o nosso, com toda a sua
variedade de elementos; assim como para entender como se processam essas
reações e qual a composição desses astros fez com que o homem pudesse
prever com maior exatidão o tempo de vida deles; além de formular
teorias sobre o surgimento do universo e dos elementos que o compõem,
entre outros dados de grande interesse humano.
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