O elemento químico ferro, simbolizado por Fe, é um dos elementos de história mais rica dentre todos os da Tabela Periódica dos Elementos. São hoje conhecidos
indícios de sua utilização, procedente possivelmente de meteoritos, que
remontam de, talvez, quatro milênios a.C., pelos antigos Sumérios e Egípcios. Entre o terceiro e o segundo milênio a.C. foram encontrados peças compostas de ferro na Mesopotâmia,
tendo sua utilização servido para fins cerimoniais. A procedência
destas amostras mais recentes descartam a possibilidade de sua
proveniência a partir de meteoritos, pois apresentavam ausência completa
do elemento químico níquel, comum em matéria extra-terrestre.
Em épocas remotas, assim como mais tarde viria a ocorrer com outros
metais, o ferro fora mais valioso do que o ouro, sendo o metal típico da
nobreza. As fontes do ferro antigo são difíceis de serem precisadas,
mas algumas fontes sugerem que este metal era obtido como um dos
subprodutos da obtenção de outros metais, como o cobre.
Aproximando-se mais da era cristã, houve um aumento da utilização do ferro no Oriente Médio, mas ainda não como substituto do bronze.
Mas já muito próximo ao século X antes de Cristo, o ferro passou a ser
utilizado em lugar do bronze na fabricação de armas e outros utensílios
do gênero. Esta transição talvez tenha ocorrido em virtude da escassez
do elemento químico estanho, uma das matéria primas
do bronze. Também pode-se apontar um avanço tecnológico no trabalho com
o ferro, já constatado naquela época. A este período deu-se o nome de Idade do Ferro, que marca a época de substituição da Idade do Bronze, em virtude desta substituição química.
Acompanhando a substituição do bronze pelo ferro, o processo de carburação foi descoberto, processo esse que consiste na adição do carbono
a ferro. Inicialmente este ferro possuia uma baixa quantidade de
carbono, sendo difícil o processo de endurecimento deste material.
Posteriormente observou-se que um produto mais resistente poderia ser
obtido ao aquecer-se a peça de ferro em um forno de carvão vegetal, para
somente depois submergí-la em água. O produto obtido apresentava menor
dureza e maior fragilidade do que o bronze.
O ferro fundido levou ainda um tempo maior para ser obtido
facilmente na Europa, pois, sabemos hoje, que a temperatura necessária
era difícil de ser obtida. Algumas amostras foram obtidas na Suécia,
tornando então esse processo logo conhecido
em toda Europa. Ainda na Idade Média e até o final do século XIX muitos
países europeus ainda empregavam o método do carvão vegetal na obtenção
do aço
(mistura entre ferro e carbono). Esse procedimento é hoje realizado em
altos fornos, processo que possibilita um maior rendimento e baixa
consideravelmente os custos do processo.
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