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28 de fev. de 2014

Gênios da Química #36: Henry Moseley


Henry Gwyn Jeffreys Moseley (Weymouth, 23 de novembro de 1887 — Gallipoli, 10 de agosto de 1915) foi um físico inglês.
Foi assistente de Ernest Rutherford. Descobriu, em 1913, uma relação entre o espectro de raios X de um elemento químico e seu número atômico. Foi o primeiro a conseguir determinar os números atômicos dos elementos com precisão. Mostrou que, quando os átomos eram bombardeados pelos raios catódicos, eles emitiam raios X, e, já que cada um tinha sua propriedade, determinava os valores dos números atômicos, e ainda previu lugares na tabela periódica para outros elementos, que foram descobertos anos mais tarde. Desta forma, a disposição dos elementos na tabela periódica ficou com um parâmetro mais adequado, que persiste até hoje. Cientistas posteriores foram determinando os números de prótons de outros elementos a partir desta técnica.
Ainda em 1913 enunciou a lei de Moseley, que estabelece a relação entre a frequência de um raio röntgen, emitido por um átomo, e os níveis de energia entre os quais um elétron salta. Moseley planejou continuar sua pesquisa sobre física em Oxford, assim renunciou a Manchester. Mas seus planos não seguiram em frente, pois, quando a Primeira Guerra Mundial estourou, ele decidiu se alistar no exército britânico. Morreu em combate em 1915, durante a Campanha de Galípoli, na Turquia.
Graças ao seus estudos a tabela periódica adquiriu sua forma definitiva.

21 de fev. de 2014

Gênios da Química #35:Carl Wilhelm Scheele

Carl Wilhelm Scheele (Stralsund, 9 de dezembro de 1742 — Köping, 21 de maio de 1786) foi um químico farmacêutico de origem sueca.
Nasceu em Stralsund, na Pomerânia, (hoje Alemanha, na época uma província sueca). Foi o descobridor de muitas substâncias químicas, tendo descoberto o oxigênio antes de Joseph Priestley.
Scheele trabalhou como farmacêutico em Estocolmo, de 1770 até 1775 em Uppsala, posteriormente em Köping, também na Suécia, onde adquiriu a farmácia (local onde instalou seu laboratório) da então viúva Sara Pohl, com quem se casou em seu leito de morte. Seus estudos levaram-no à descoberta do oxigênio e nitrogênio entre 1772-1773, cujo trabalho publicou no seu livro "Chemische Abhandlung von der Luft und dem Feuer" ( "Tratado Químico sobre Ar e Fogo" ) em 1777, perdendo parte da fama para Joseph Priestley, que descobriu independentemente o oxigênio em 1774.
Scheele descobriu também outros elementos químicos, tais como cloro (1774), bário (1774), manganês (1774), molibdênio (1778) e o tungstênio (1781), assim como diversos compostos químicos, incluindo o ácido nítrico, o glicerol e o cianeto de hidrogênio (também conhecido como ácido prússico). Além disso descobriu um processo semelhante à pasteurização.
Como muitos químicos da sua época, Scheele frequentemente trabalhou sob condições difíceis e perigosas, que explica a sua morte prematura. Que, curiosamente, foi devida a queda de um vidro contendo solução de ácido cianídrico (HCN), substância que ele mesmo descobriu e que ainda hoje é usada para casos de pena de morte nos estados americanos do Norte.
Outras fontes afirmam que os sintomas referentes à morte de Scheele sugerem envenenamento por mercúrio.

Fatos
Apesar de hoje se ter consciência das descobertas de Scheele para o desenvolvimento da química, muitas dessas descobertas, à época, não lhe foram creditadas.
Quando descobriu o cloro em 1774, não o reconheceu como um elemento, acreditava apenas que era um composto que continha um dos gases do ar. 30 anos depois, o inglês Humphry Davy compreendeu que o gás era um elemento. Davy ainda daria o nome ao novo elemento por conta de sua aparência (cloro significa "verde-claro" em grego).
Humphry Davy também levou a melhor sobre Scheele na descoberta do bário. O sueco fez o trabalho experimental importante, distinguindo a barita. 30 anos depois, novamente, Davy conseguiu isolar o metal branco-prateado bário, que foi denominado segundo a palavra grega barys (significa pesado).
Na descoberta do molibdênio, Scheele havia obtido uma substância ao qual estava certo de que era um novo elemento, que poderia ser isolado a uma temperatura elevada. Entretanto, o sueco não possuía um forno e passou essa substância a um amigo, Peter Jacob Hjelm, a quem foi creditado a descoberta do molibdênio.

14 de fev. de 2014

Gênios da Química #34: Louis Pasteur


Louis Pasteur nasceu em Dôle, Jura, na França, a 27 de dezembro de 1822, e morreu em Villeneuve l'Étang, Seine-et-Oise, França, a 28 de setembro de 1895. Em 1842 obteve o bacharelado em ciências, em Besançon, sendo-lhe atribuída a nota de "medíocre" em química. Em 1847 apresentou teses de doutoramento em física e química na Escola Normal Superior, em Paris. É da mesma época a pesquisa em cristalografia, que o tornou célebre. Em 1848 foi nomeado professor suplente de química na Universidade de Estrasburgo e, em 1854, deão da faculdade de ciências de Lille.

Graças às suas pesquisas, sempre coroadas de êxito, Pasteur ascendeu sistematicamente, sendo diretor do Museu de História Natural de Rouen em 1862, membro da Academia de Ciências nesse mesmo ano, da Academia de Medicina em 1873 e da Academia Francesa em 1881. O Instituto Pasteur foi inaugurado em 1888, e logo teria filiais no mundo inteiro, com a difusão dos estudos bioquímicos.

A importância de Pasteur foi enorme para o estudo das origens da vida, com passos decisivos na análise da estrutura molecular dos corpos. Do ponto de vista teórico, Pasteur contribuiu notavelmente para responder às indagações sobre o ciclo da vida e da morte na natureza, ao considerar os fenômenos da fermentação e da putrefação.

Do ponto de vista prático, sua influência ainda é maior, ao descobrir a ação transmissora e o campo de propagação dos microorganismos, fundando uma nova era para a etiologia das moléculas infecciosas. As descobertas de Pasteur contribuíram para a evolução da medicina preventiva, dos métodos cirúrgicos (com a prevenção das infecções), das técnicas de obstetrícia, dos métodos de higiene em geral e das indústrias de bebidas fermentadas.
 

Cristalografia

Suas primeiras pesquisas científicas puras, associando a cristalografia, a química e a óptica, estabeleceram um paralelismo entre a forma exterior de um cristal, sua constituição molecular e sua ação sobre a luz polarizada. Estudando os cristais simétricos e dissimétricos, concluiu que só os produtos da natureza viva são dissimétricos e são ativos sobre a luz polarizada, o contrário sucedendo com os produtos minerais. Esses estudos foram a base da estereoquímica.
 

Fermentação e microorganismos

O passo seguinte de Pasteur foi o estudo das fermentações. Ele descobriu que uma substância não ativa torna-se ativa sob a influência de uma fermentação. Concluiu que, se toda substância ativa provinha da natureza viva, a fermentação seria o correlativo da vida.

Na pesquisa prática das fermentações láctica, alcoólica, etc., chegou à conclusão definitiva de que a fermentação resultava da ação de microorganismos. Negou, a seguir, que esses microorganismos surgissem espontaneamente nas substâncias fermentescíveis. Seriam gerados por outros similares que impregnavam o ar. Protegidas destes, afirmou, as substâncias permanecem inalteradas, por mais putrescíveis que sejam.

Estudou a seguir a formação do vinagre e a doença dos vinhos. O vinagre seria o resultado da oxidação do vinho, sob a ação de um fermento, o "Mycoderma aceti". A doença do vinho seria também devida a um fermento particular para cada caso. A alteração dos vinhos poderia ser evitada, esquentando-os a uma temperatura de 55 graus. Deu-se a esse processo o nome de "pasteurização".
 

Moléstias contagiosas

A partir de 1865, Pasteur dedicou-se ao problema das moléstias contagiosas, devidas, como as fermentações, à ação dos microorganismos. Chamado a descobrir a causa da doença do bicho-da-seda, no sul da França, revelou nesse inseto duas moléstias diversas: a pebrina, contagiosa e hereditária, e a flacidez, devida a certas condições do habitat do inseto. Sob o protesto dos criadores, Pasteur recomendou a destruição dos ovos dos insetos doentes.

Depois de 1868, Pasteur sofreu uma paralisia do lado esquerdo, mas continuou suas pesquisas. De 1877 em diante estuda as doenças infecciosas dos animais superiores. Descobre a causa da doença dos carneiros, a bactéria carbunculosa, já anterioremente isolada por Davaine. Enquanto pesquisa o carbúnculo, descobre o vibrião s?ptico, causador de uma septicemia grangenosa nos animais.
 

Polêmicas e vacinas

Os últimos anos de pesquisa são os mais importantes na atuação científica de Pasteur. Descobriu a origem dos furúnculos e da osteomielite na bactéria hoje denominada "estafilococo", e a causa da infecção puerperal na bactéria hoje denominada "estreptococo".

Pasteur sustentou polêmicas memoráveis com os membros da Academia de Medicina ao declarar taxativamente que as doenças contagiosas eram causadas por agentes exteriores, recomendando medidas profiláticas especiais.

Depois de 1879, descobriu duas importantes vacinas preventivas: contra o cólera das galinhas, pela inoculação de micróbios de virulência atenuada, e contra a raiva. Esta última, doença do sistema nervoso, apresenta, quando transmitida ao homem, um período de incubação, durante o qual se pode aplicar a vacina. Foi sua maior contribuição para a evolução da medicina preventiva.

2 de jan. de 2014

Gênios da Química #33: Charles Adolphe Würtz

 

Charles Adolphe Würtz (Wolfisheim, 26 de setembro de 1817 — Paris, 12 de maio de 1884) foi um químico francês.
Foi decano da Faculdade de Medicina de Paris (1866 - 1875), senador vitalício (1881), membro da Academia de Medicina (1856), membro da Academia de Ciências (Académie des Sciences) (1867) e laureado com o Prêmio Faraday em 1879. Wurtz foi também um influente escritor e educador.
Destacou-se por pesquisas em química orgânica, investigando os compostos ligados ao glicol, a condensação do aldol, um aldeído incolor, e as teorias sobre a disposição dos átomos nos compostos orgânicos. Descobriu com o químico alemão Rudolf Fittig a reação Würtz-Fittig, um método de combinação dos compostos orgânicos halogénicos.

12 de dez. de 2013

Gênios da Química #32: Pierre Curie

Pierre Curie (Paris, 15 de maio de 1859 — Paris, 19 de abril de 1906) foi um físico francês, pioneiro no estudo da cristalografia, magnetismo, piezoelectricidade e radioactividade.
Recebeu o Nobel de Física de 1903, juntamente com a sua mulher Marie Curie, outra famosa física: "em reconhecimento pelos extraordinários serviços que ambos prestaram através da suas pesquisas conjuntas sobre os fenómenos da radiação descobertos pelo professor Henri Becquerel".
Pierre foi um dos fundadores da física moderna. Pierre não frequentou a escola primária nem a ginasial, foi educado em casa pelo seu pai, e nos primeiros anos da sua adolescência revelou uma forte aptidão para a matemática e a geometria. Aos 16 anos bacharelou-se em ciências e aos 18 anos já tinha obtido o equivalente a um grau superior, mas não seguiu imediatamente para o doutoramento por falta de dinheiro. Em vez disso, trabalhou como instrutor de laboratório.
Em 1880 Pierre e o seu irmão mais velho, Jacques Curie, demonstraram que se gerava um potencial eléctrico quando se comprimiam cristais, a piezoelectricidade, e esse comportamento foi utilizado mais tarde em toca disco (gira-discos) e alto-falante. Pouco depois, em 1881, eles demonstraram a existência do efeito inverso: que os cristais podiam ser deformados quando submetidos a um campo eléctrico. Quase todos os actuais circuitos electrónicos digitais recorrem a este fenómeno.
Antes dos seus famosos estudos de doutoramento sobre o magnetismo, ele concebeu e aperfeiçoou uma balança de torsão extremamente sensível para medir os coeficientes magnéticos. Os investigadores que o seguiram nesta área utilizaram regularmente uma qualquer variedade deste equipamento. Pierre Curie estudou o ferromagnetismo, o paramagnetismo, e o diamagnetismo para a sua tese de doutoramento, e descobriu o efeito da temperatura sobre o paramagnetismo que é atualmente conhecido por lei de Curie. A constante material da lei de Curie é conhecida como a constante de Curie. Também descobriu que as substâncias ferromagnéticas apresentam uma temperatura crítica de transição, acima da qual as substâncias perdem o seu comportamento ferromagnético. Esta temperatura é conhecida por ponto de Curie.
Pierre Curie enunciou em 1894 o "princípio universal de simetria": As simetrias presentes nas causas de um fenômeno físico também são encontrados nas suas consequências.
Pierre trabalhou com a sua mulher Marie Curie no isolamento do polónio e do rádio. Eles foram os primeiros a usar o termo 'radioactividade', e foram pioneiros no seu estudo. No seu trabalho, incluindo o conhecido trabalho de doutoramento de Marie, usaram um electrómetro piezoeléctrico de precisão construído por Pierre e pelo seu irmão Jacques.
Pierre Curie e um estudante seu foram os primeiros a descobrir a energia nuclear, ao identificarem a emissão contínua de calor das partículas do rádio. Ele também investigou as emissões de radiação das substâncias radioactivas, e conseguiu demonstrar, com o recurso a campos magnéticos, que as emissões apresentavam carga positiva, negativa ou eram neutras. Essas emissões correspondem às partículas alfa, beta e radiações gama.
O casal Curie autenticou a médium Eusapia Paladino, numa carta a Georges Gouy, datada de 24 de Julho de 1905, por sessões supervisionadas por eles próprios:
Foi muito interessante e, realmente os fenômenos que vimos pareciam inexplicáveis como truques, mesas com quatro pernas suspensas, movimentos de objetos até a certa distância, mãos que beliscam ou acariciam a pessoa, aparições luminosas. Tudo num local preparado por nós, com um pequeno número de espectadores, todos conhecidos nossos e sem qualquer possível cúmplice. O único truque possível é o que poderia resultar da extraordinária facilidade da médium como mágica. Mas, como explicar o fenômeno quando se está segurando as mãos e os pés dela e quando a luz é suficiente para se ver tudo que acontece?
O casal confirmou a genuinidade de Paladinho em outra carta, em 14 de abril de 1906, poucos dias antes de Pierre morrer, novamente a Georges Gouy:
Tivemos mais algumas sessões com a médium Palladino. O resultado é que esses fenômenos realmente existem e não é mais possível para mim duvidar disso. É improvável, mas existem, e é impossível negar isso, após as sessões que tivemos, em condições controladas. Uma espécie de membros fluidos destacam-se da médium (principalmente dos braços e das pernas…) e empurram com força os objetos. Esses membros fluidos se formam em geral sobre um pedaço de material negro… Mas algumas vezes eles pulam para o ar aberto. Não tenho dúvida que depois de algumas boas sessões, você se convencerá… Você, que tem uma intuição tão grande, com tanta frequência sobre os fenômenos, como explica esses deslocamentos de objetos de uma distância, como concebe que a coisa seja possível? Existe aqui, em minha opinião, todo um território de fatos inteiramente novos, e estados físicos no espaço, dos quais não temos qualquer idéia.
Esta informação consta no livro de Susan Quinn, chamado "Marie Curie, Uma Vida".
Pierre Curie morreu em 19 de abril de 1906, ao sair de um almoço na Associação de Professores da Faculdade de Ciências, em resultado de um acidente de viação quando atravessava a Rue Dauphine em Paris durante uma tempestade. A sua cabeça foi esmagada pela roda de uma carruagem, escapando a uma provável morte por envenenemento por radiações como a que veio a matar a sua mulher. Os restos mortais de Pierre e Marie foram depositados na cripta do Panthéon de Paris em Abril de 1995.
O curie (Ci) é uma unidade de radioactividade correspondente a 3.7 x 1010 desintegrações por segundo. O nome da unidade foi originalmente atribuído, em homenagem a Pierre Curie, pelo Congresso de Radiologia de 1910.
A filha de Pierre e Marie Curie, Irène Joliot-Curie e o seu genro, Frédéric Joliot, foram igualmente físicos destacados, que se dedicaram ao estudo da radioactividade.

4 de dez. de 2013

Gênios da Química #31: Ernest Rutherford

 
Ernest Rutherford nasceu em Nelson, Nova Zelândia, a 30 de Agosto de 1871. Estudou matemática e física no Canterbury College, em Christchurch e com o auxílio de uma bolsa de estudo, ingressou em 1895 no Cavendish Laboratory, em Cambridge.    Foi professor de física e química na McGill University (Canadá), de 1898 a 1907 e na Manchester University (Inglaterra), de 1907 a 1919. Em 1919, sucedeu J. J. Thomson na direcção do Cavendish Laboratory, cargo que exerceu até ao resto da sua vida e onde realizou importantes investigações.
   Em 1932 detetou, juntamente com Walton e Cockroft a captura de um protão pelo Litio 7, decompondo-se em duas partículas alfa e libertando energia. Dois anos mais tarde, conseguiu, com Oliphant e Harteck efetuar a fusão de dois deuterões que se transformam em hélio 3 e um neutrão, ou em trítio e um protão (libertando-se energia em qualquer das reações).
   Atualmente considerado o fundador da Física Nuclear, Rutherford introduziu o conceito de núcleo atómico ao investigar a dispersão das partículas alfa por folhas delgadas de metal. Rutherford verificou que a grande maioria das partículas atravessava a folha sem se desviar e concluiu, com base nessas observações e em cálculos, que os átomos de ouro - e, por extensão, quaisquer átomos - eram estruturas praticamente vazias, e não esferas maciças. Rutherford também descobriu a existência dos protões, as partículas com carga positiva que se encontram no núcleo.
   Pelas suas investigações sobre a desintegração dos elementos e a química das substâncias radioativas, obteve em 1908 o Prémio Nobel da Química. Foi também presidente da Royal Society (1925-1930), e homenageado em 1931 com o título de primeiro barão de Rutherford de Nelson e Cambridge. 


Faleceu em Cambridge, Inglaterra, a 19 de Outubro de 1937. 


21 de out. de 2013

Gênios da Química #29: Paul Sabatier



Paul Sabatier FRS (Carcassonne, 5 de novembro de 1854 — Toulouse, 14 de agosto de 1941) foi um químico francês.
Estudou na Escola Normal Superior e no Collège de France, obtendo o doutorado em 1880. Após licenciar-se deu aulas na Universidade de Bordéus. Desde 1884 foi professor de química da Universidade de Toulouse, chegando a ser decano da Faculdade de Ciências da mesma universidade em 1905.2
Destacou-se por seus estudos sobre ações catalíticas, descobrindo a catálise seletiva. Em 1899 criou, junto com Jean Baptiste Senderens, um método para a hidrogenação catalítica dos óleos em presença de níquel ou outros metais finamente divididos, que permitiu fabricar sabões mais baratos a partir do uso da gordura de pescados como matéria prima, substituindo as gorduras de outros animais.
Foi nomeado Doutor Honoris Causa pela Universidade da Filadélfia e membro honorário de numerosas sociedades ao redor do mundo (Londres, incluindo a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto onde em 1923 recebeu o Doutoramento Honoris Causa. Recebeu o prêmio Lacate em 1897, o prêmio Jecker em 1905, a Medalha Davy em 1915, a Royal Medal da Royal Society em 1933 e a Medalha Franklin.2
Um liceu de Carcassonne e a Universidade Paul Sabatier (UPS - Toulouse-III) levam o seu nome.
Em 1912 compartilhou com Victor Grignard o Nobel de Química.
Sua obra mais importante é "La catalyse en chimie organique" (“A catálise na química orgânica”) editada em 1913.

14 de out. de 2013

Gênios da Química #28: Joseph Black

 
Joseph Black (Bordéus, 16 de abril de 1728 — Edimburgo, 6 de dezembro de 1799) foi um físico e químico escocês.
Black descobriu o dióxido de carbono (que ele chamou de "ar fixo") em 1754. Em 1756 descreveu como os carbonatos se tornam mais alcalinos quando perdem o dióxido de carbono, enquanto que o recolher dióxido de carbono reconverte-os.
Em 1761 descobriu que o gelo absorve calor sem mudar de temperatura enquanto derrete. Concluiu deste fato que o calor deve ter-se combinado com as partículas do gelo e se tornado latente.
Em 1755 descobriu o magnésio.

Primeiros anos

Black nasceu em Bordéus, França, onde seu pai, que era de Belfaste, Irlanda, estava envolvido com comércio de vinho. Sua mãe era de Aberdeenshire, Escócia, e sua família também estava nos negócios de vinho. Joseph tinha doze irmãos e irmãs.Ele entrou na Universidade de Glasgow quando tinha dezoito anos de idade e quatro anos depois foi para Edimburgo para estudar medicina.

Balança analítica

Uma balança analítica de precisão
Em meados de 1750, Joseph Black desenvolveu a balança analítica baseada numa barra balanceada de peso leve em uma forma de cunha. Cada braço carregava uma panela onde as amostras ou pesos padrões eram colocados. Ela excedia em muito a precisão de qualquer outra balança e se tornou um instrumento de cientistas muito importante na maioria dos laboratórios de química.
Em 1757, ele foi indicado Regius Professor de Medicina e Terapias na Universidade de Glasgow.


Calor Latente

Em 1761 Black deduziu que aplicando calor no gelo quando o mesmo está no ponto de fusão não causa um incremento de temperatura da mistura água/gelo, porém aumenta a quantidade de água na mistura. Adicionalmente, Black observou que aplicando calor na água em ebulição não resulta no acréscimo de temperatura da mistura água/vapor, porém aumenta a quantidade de vapor. A partir dessas observações, ele concluiu que o calor aplicado se combinou com as partículas de gelo e com as de água em ebulição tornando-se latente. A teoria de Black do calor latente é a sua contribuição cientifica mais importante, e onde sua fama cientifica descansa. Ele também demonstrou que diferentes substancias tem diferentes calores específicos.
A teoria do calor latente marca o inicio da termodinâmica.
Seus estudos se provaram importantes não somente para o desenvolvimento da ciência abstrata no desenvolvimento do motor à vapor. O calor latente da água é muito parecida com muitos outros líquidos, assim dando um impulso para as tentativas com sucesso de James Watt em aumentar a eficiência de motores à vapor inventados por Thomas Newcomen. Watt adicionou um condensador separado, e manteve o cilindro na temperatura do vapor (colocando-o em um revestimento cheio de vapor) economizando uma quantidade considerável de energia por evitar o reaquecimento do cilindro a cada ciclo do motor.

4 de out. de 2013

Gênios da Química #27: Gleen Seaborg

 
Glenn Seaborg (1912-1999), um químico norte-americano, trabalhou no projeto da bomba atômica. Juntamente com outros cientistas, realizou pesquisas envolvendo os elementos transuranianos e reações em pilhas atômicas. Para quem não sabe, os chamados elementos transuranianos são aqueles cujo número atômico é maior que 92.
Dentre os feitos de Seaborg está a organização da série dos actinídeos na Tabela Periódica dos elementos químicos. Ele propôs que os elementos Th (Tório), PA (Protactíneo) e U (Urânio) deveriam ser os primeiros membros dessa série.

Os trabalhos de Seaborg lhe renderam um prêmio Nobel no ano de 1951, pela descoberta do Plutônio. Mas não foi somente este elemento que Seabord isolou, ele e sua equipe de pesquisa foram os responsáveis pela descoberta de outros elementos como, por exemplo, amerício (Am), cúrio (Cm), berquélio (Bk), califórnio (Cf), einstênio (Es), férmio (Fm) e mendelévio (Es).

Não obstante, Seaborg se tornou diretor do Laboratório Metalúrgico da Universidade de Chicago, onde iniciou a produção industrial do plutônio (Pu). E ele foi mais além, aperfeiçoou o método de isolamento do Pu a partir dos produtos da reação.

16 de set. de 2013

Gênios da Química #26: James Chadwick

 

James Chadwick (Cheshire, 20 de Outubro de 1891 — Cambridge, 24 de Julho de 1974) foi um físico britânico,1 colaborador de Ernest Rutherford.
Seu principal contributo para a ciência foi a prova da existência do nêutron. Por esta descoberta, foi-lhe atribuído o Nobel de Física em 1935.
Chadwick tornou-se professor de física na Universidade de Liverpool em 1935 e, durante a Segunda Guerra Mundial, integrou o Projeto Manhattan nos Estados Unidos, desenvolvendo as bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki.
Ingressou na Manchester University em 1908 para estudar Física e aí colaborou com Ernest Rutherford no estudo da emissão de raios gama. Em 1913, foi para Universidade Técnica de Berlim, onde trabalhou com o físico alemão Hans Geiger, inventor do contador de radiação com o mesmo nome. Após a guerra, regressou ao Reino Unido e tornou-se professor do Gonville and Caius College, onde retomou as suas investigações no campo da radioactividade. No Laboratório Cavendish, em Cambridge, colaborou com Rutherford (que tinha observado experimentalmente a primeira reacção nuclear em 1919) e com ele produziu a desintegração artificial de diversos elementos, utilizando o bombardeamento com partículas alfa1 .
A principal contribuição de James Chadwick para o desenvolvimento da física ocorreu em 1932, data em que descobriu a partícula do núcleo atómico, que passou a ser conhecida por nêutron, devido ao facto de não ter carga elétrica. Pela sua descoberta, divulgada à comunidade científica na obra "Possible Existence of Neutron", obteve em 1935 o Nobel de Física.
Foi também professor de física em Liverpool (1935-1948) e diretor do Gonville and Caius College (1948-1958), na Segunda Guerra Mundial esteve ligado ao projecto da bomba atómica, tendo sido conselheiro científico de Robert Oppenheimer, o diretor do Projeto Manhattan (projeto que levou à construção da bomba atómica) no Laboratório de Los Alamos, EUA.
As suas descobertas foram aceitas unanimemente na comunidade física da época e garantiram-lhe a atribuição de diversos prémios, honras e condecorações, entre os quais o Nobel de Física em 1935. 
Foi membro da Royal Society, Académie Royale de Belgique, Kongelige Danske Videnskabernes Selskab, Koninklijke Nederlandse Akademie van Wetenschappen, Sächsische Akademie der Wissenschaften, Pontificia Academia Scientiarum, do Franklin Institute1 ; da American Philosophical Society e da American Physical Society. Como reconhecimento da importância dos seus trabalhos, foi-lhe atribuído o grau de Doutor Honoris Causa nas Universidades de Dublin, Leeds, Oxford, Birmingham, Montreal (McGill), Liverpool e Edinburgh.

5 de set. de 2013

Gênios da Química #25: Hermann von Fehling

Hermann von Fehling (Lübeck, 9 de junho de 1812 — Estugarda, 1 de julho de 1885) foi um químico alemão.
Conhecido por desenvolver a Solução de Fehling usada para, além de outras coisas, diferenciar açúcares (carboidratos).
Com a intenção de se formar em farmácia, entrou na Universidade de Heidelberg por volta de 1835, e após se graduar foi para Gießen como auxiliar de Justus von Liebig, com quem elucidou a composição dos paraldeídos e metaldeídos.
Em 1839, com a recomendação de Leibig, foi apontado para ocupar a cadeira de química na Politécnica de Stuttgart. Seu trabalho lá, inicialmente, incluiu uma investigação do ácido succínico e da preparação do Cianeto de Fenil (atualmente conhecido como benzonitrila, uma nitrila simples do grupo dos anéis aromáticos).
Dentre os métodos químicos por ele elaborados, o mais conhecido é a solução de Fehling, que consiste em uma solução se sulfato cúprico misturado alcalinos e tartarato de sódio e potássio (conhecido como sal de Rochelle). Ele também contribuiu para o Handwörterbuch de Liebig, Wöhler e Poggendorff e contribuiu para a criação de livros de textos de química para Thomas Graham e Friedrich Julius Otto, e por muitos anos foi membro do comitê de revisão da Farmacopéia Alemã (ou Pharmacopoeia Germanica), morrendo anos após em Estugarda.

20 de ago. de 2013

Gênios da Química #24: William Perlin

William Perkin foi estudante da faculdade Royal de Química localizada em Londres, Inglaterra. Lá cumpria a função de assistente de Wilhelm von Hofmann, e na bela manhã de 23 de março de 1856, fez uma descoberta de enorme importância para as indústrias têxtil e química.
Com apenas 18 anos, Perkin realizava estudos buscando sintetizar a quinina utilizada no tratamento da malária. Seu primeiro objetivo era oxidar a aliltoluidina (C10H12N, um derivado da anilina), para obter a quinina, mas não conseguiu. No entanto, ao tentar limpar o frasco com álcool, observou que o sólido, proveniente da reação, se dissolvia e deixava o álcool roxo. O jovem químico acabava de produzir o que seria o primeiro corante sintético, que chamou de mauveína ou púrpura de anilina.

Para completar o sucesso da descoberta de Perkin, malva foi a cor daquele ano. Rapidamente o corante se difundiu e teve uma grande demanda; um sucesso de vendas.

William Perkin não perdeu tempo, patenteou o novo corante e abriu uma fábrica de tinta em Greenford, no oeste de Londres, com a ajuda de parentes ricos. 

7 de ago. de 2013

Gênios da Química #23: Thomas Graham

 
Thomas Graham (Glasgow, 21 de dezembro de 1805 — Londres, 16 de setembro de 1869) foi um químico escocês, conhecido por suas pesquisas na difusão de gases e líquidos na química dos colóides.
Estudou nas universidades de Edimburgo e de sua cidade natal. Ensinou química em Glasgow e no University College London. Desde 1855 até sua morte foi diretor da Real Fábrica de Moeda.
Graham demonstrou que a velocidade de difusão de um gás é inversamente proporcional à raiz quadrada de sua densidade, relação conhecida na atualidade como lei de Graham. No campo da química dos colóides foi o primeiro a distinguir entre estes e os cristalóides. Descobriu o método da diálise para separar os colóides de uma série de soluções.

29 de jul. de 2013

Gênios da Química #22: William Crookes

Sir William Crookes, OM , PRS (Londres, 17 de junho de 1832 — Londres, 4 de abril de 1919) foi um químico e físico inglês. Freqüentou o Royal College of Chemistry em Londres, trabalhando em espectroscopia.
Em 1861, descobriu um elemento que tinha uma linha de emissão verde brilhante no seu espectro, ao qual deu o nome de tálio, do grego thalos, um broto verde, que é o elemento químico de número atómico 81. Também identificou a primeira amostra conhecida de hélio, em 1895. Foi o inventor do radiômetro de Crookes, vendido ainda como uma novidade, e desenvolveu os tubos de Crookes, investigando os raios catódicos.
Em suas investigações sobre a condutividade da eletricidade em gases sob baixa pressão, descobriu que, à medida que se diminuía a pressão, o elétrodo negativo parece emitir raios (os chamados raios catódicos, que hoje se sabe tratarem-se de um feixe de elétrons livres, utilizado nos dispositivos de vídeo padrão CRT). Como esses exemplos mostram, Crookes foi um pioneiro na construção e no uso de tubos de vácuo para estudar fenômenos físicos. Foi, por conseguinte, um dos primeiros cientistas a investigar o que hoje é chamado de plasmas. Também criou um dos primeiros instrumentos para estudar a radioatividade nuclear, o assim-chamado espintariscópio.
Iniciou seus estudos de química no Royal College of Chemistry, sob a direção do químico alemão August Wilhelm von Hofman. Em 1815, foi nomeado assistente de meteorologia do observatório de Radcliffe e, no ano seguinte, assumiu a cadeira de química em Chester.
Em 1856, Crookes transferiu-se definitivamente para Londres, onde, três anos depois, fundou o periódico Chemical News (Notícias Químicas), do qual foi diretor até 1906.
Em 1861, procedendo à análise espectral de resíduos de minerais, Crookes descobriu um novo elemento, que denominou thalium, em alusão à cor verde do seu espectro, comparável à dos talos das folhas. Isolou, então, o tálio e determinou com precisão suas principais propriedades físicas e químicas.
 

Radiômetro e espinteroscópio

Continuando a investigar as propriedades do novo elemento, Crookes inventou, em 1875, um novo aparelho, o radiômetro, com o qual mediu a intensidade das radiações de vários elementos.
Devemos a Crookes a teoria original da matéria radiante, que ele elaborou baseado em observações sobre os fenômenos que acompanham a descarga elétrica num tubo contendo um gás rarefeito. Sua hipótese, de que a matéria radiante constituiria um quarto estado da matéria, não foi, entretanto, confirmada.
Procedendo a investigações sobre os raios catódicos, Crookes mostrou que eles têm a propriedade de excitar a fluorescência das pedras preciosas e aquecer os metais. Explicou o fenômeno como proveniente da projeção de moléculas pelo cátodo.
Logo após a descoberta dos gases nobres e da radioatividade, Crookes voltou sua atenção para os novos campos da física e, em 1895, revelou a presença do hélio no gás que fora extraído de um fragmento de urânio por W. Ramsey. Com a intenção de melhor identificar o espectro do hélio, Crookes inventou o espinteroscópio.
O espinteroscópio é composto de uma lente L, um alvo A, com sulfeto de zinco, e de uma substância radioativa R, que emite raios α, dispostos sobre um suporte vertical, de forma a proporcionar ao observador a nítida percepção das cintilações das partículas &?945; emitidas pela substância radioativa R sobre o alvo A.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Crookes
http://educacao.uol.com.br/biografias/william-crookes.jhtm

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