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28 de fev. de 2014

Gênios da Química #36: Henry Moseley


Henry Gwyn Jeffreys Moseley (Weymouth, 23 de novembro de 1887 — Gallipoli, 10 de agosto de 1915) foi um físico inglês.
Foi assistente de Ernest Rutherford. Descobriu, em 1913, uma relação entre o espectro de raios X de um elemento químico e seu número atômico. Foi o primeiro a conseguir determinar os números atômicos dos elementos com precisão. Mostrou que, quando os átomos eram bombardeados pelos raios catódicos, eles emitiam raios X, e, já que cada um tinha sua propriedade, determinava os valores dos números atômicos, e ainda previu lugares na tabela periódica para outros elementos, que foram descobertos anos mais tarde. Desta forma, a disposição dos elementos na tabela periódica ficou com um parâmetro mais adequado, que persiste até hoje. Cientistas posteriores foram determinando os números de prótons de outros elementos a partir desta técnica.
Ainda em 1913 enunciou a lei de Moseley, que estabelece a relação entre a frequência de um raio röntgen, emitido por um átomo, e os níveis de energia entre os quais um elétron salta. Moseley planejou continuar sua pesquisa sobre física em Oxford, assim renunciou a Manchester. Mas seus planos não seguiram em frente, pois, quando a Primeira Guerra Mundial estourou, ele decidiu se alistar no exército britânico. Morreu em combate em 1915, durante a Campanha de Galípoli, na Turquia.
Graças ao seus estudos a tabela periódica adquiriu sua forma definitiva.

4 de dez. de 2013

Gênios da Química #31: Ernest Rutherford

 
Ernest Rutherford nasceu em Nelson, Nova Zelândia, a 30 de Agosto de 1871. Estudou matemática e física no Canterbury College, em Christchurch e com o auxílio de uma bolsa de estudo, ingressou em 1895 no Cavendish Laboratory, em Cambridge.    Foi professor de física e química na McGill University (Canadá), de 1898 a 1907 e na Manchester University (Inglaterra), de 1907 a 1919. Em 1919, sucedeu J. J. Thomson na direcção do Cavendish Laboratory, cargo que exerceu até ao resto da sua vida e onde realizou importantes investigações.
   Em 1932 detetou, juntamente com Walton e Cockroft a captura de um protão pelo Litio 7, decompondo-se em duas partículas alfa e libertando energia. Dois anos mais tarde, conseguiu, com Oliphant e Harteck efetuar a fusão de dois deuterões que se transformam em hélio 3 e um neutrão, ou em trítio e um protão (libertando-se energia em qualquer das reações).
   Atualmente considerado o fundador da Física Nuclear, Rutherford introduziu o conceito de núcleo atómico ao investigar a dispersão das partículas alfa por folhas delgadas de metal. Rutherford verificou que a grande maioria das partículas atravessava a folha sem se desviar e concluiu, com base nessas observações e em cálculos, que os átomos de ouro - e, por extensão, quaisquer átomos - eram estruturas praticamente vazias, e não esferas maciças. Rutherford também descobriu a existência dos protões, as partículas com carga positiva que se encontram no núcleo.
   Pelas suas investigações sobre a desintegração dos elementos e a química das substâncias radioativas, obteve em 1908 o Prémio Nobel da Química. Foi também presidente da Royal Society (1925-1930), e homenageado em 1931 com o título de primeiro barão de Rutherford de Nelson e Cambridge. 


Faleceu em Cambridge, Inglaterra, a 19 de Outubro de 1937. 


16 de out. de 2013

Energia Nuclear Evita Efeito Estufa

É possível obter energia ecologicamente correta? Com todos os perigos oferecidos pelas Usinas Nucleares, uma coisa é certa, é a única fonte de energia que não está contribuindo para o efeito estufa. Daí cabe o ditado: “A maneira correta de usar é que gera os benefícios”, a radioatividade usada corretamente pode sim gerar benefícios.
Durante o processo de obtenção de energia nas Usinas Nucleares, não é gerado nenhum gás causador do efeito estufa, como, por exemplo, dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), Óxido nitroso (N2O), CFC´s (clorofluorcarbonetos).

Não estamos descartando os perigos oferecidos pela Energia Nuclear, o chamado lixo Nuclear (rejeitos no processo de obtenção da energia) constitui sim uma ameaça, mas se devidamente descartado, passa a não oferecer mais riscos.

Os cientistas envolvidos neste estudo têm como objetivo principal a conscientização sobre a ameaça das Usinas Termelétricas movidas a carvão mineral, segundo eles, essas são as grandes vilãs do aumento de agentes poluidores nos últimos anos.

O problema estaria resolvido se não existissem empecilhos, a Energia Nuclear é obtida a um alto custo, ou seja, custa caro e requer tempo prolongado para sua implantação. Faz-se necessária uma equipe treinada para o trabalho, com cuidados de segurança em todo o processo.

Mas se analisarmos como defensores do meio ambiente, todos estes inconvenientes não seriam somados. O alto investimento se justifica pela diminuição da taxa de poluentes, se todos pensassem assim, as Usinas Nucleares passariam a ser a única fonte de energia. 

2 de out. de 2013

Descontaminação de Pessoas Que Entram em Contato Com a Radioatividade

A descontaminação de pessoas que entram em contato com material radioativo é feita de acordo com o grau da contaminação. Se a contaminação não for alta, a pessoa passa primeiramente por um processo de lavagem com água, sabão e vinagre. É importante ressaltar que a água utilizada também é controlada, pois conterá radioatividade após o processo.
Uma segunda indicação é aumentar a sudorese, ou seja, o suor do corpo das pessoas contaminadas, por meio de exercícios físicos em esteiras ergométricas ou através do uso de saunas. Em muitos casos, só esses métodos já servem para descontaminar as vítimas e elas são liberadas.
Já em casos mais graves, nos quais o material radioativo ficou muito tempo em contato com a pele e foi absorvido pelo organismo, a pessoa passa a ser monitorada. Nesses casos, realiza-se um tratamento com ingestão do sal Azul de Prússia, também denominado Radiogardase. Esse medicamento de origem alemã é absorvido pelo tubo gastrointestinal e é de baixa toxicidade, funcionando como uma resina de troca iônica. Ele faz com que o césio, que é excretado por via urinária, passe então a ser também eliminado pelas fezes.
Azul da Prússia é usado em descontaminação radioativa
Se o Azul da Prússia for administrado 10 minutos após a contaminação radioativa, reduz-se a absorção de césio em 40%. Mas se isso não acontecer, seu efeito diminui, sendo que ele conseguirá captar 35% do césio radioativo no organismo.
No acidente com o Césio 137, em Goiânia, foram produzidas grandes quantidades de Azul da Prússia, pois este havia sido utilizado antes nas vítimas de Chernobyl, que também foram contaminadas por césio (subproduto da fissão). Em Goiânia, ele foi aplicado na superfície do corpo das vítimas e dos materiais radioativos. Na época não era possível ingeri-lo porque isso dependia ainda de ensaios toxicológicos e um mínimo de cinco anos de estudos comprobatórios.
Na época do acidente, os farmacêuticos da Marinha do Brasil conseguiram desenvolver outro medicamento, o Ferrocianeto de Ferro e Potássio ─ FeK[Fe(CN)6] ─, capaz de absorver 90% do césio no organismo, como mostrou um teste realizado in vitro. As pesquisas e ensaios clínicos desse medicamento continuam sendo realizados.

13 de set. de 2013

Elementos Químicos Radioativos

Existem cerca de 90 elementos químicos estáveis, isto é, que apresentam um átomo de núcleo estável eletricamente. Ocorre que, por apresentar carga elétrica igual (carga positiva), os prótons tendem a tornar o núcleo atômico cada vez mais instável à medida em que vai se chegando a elementos químicos mais pesados, isto é, com uma quantidade maior de prótons aglomerados no núcleo do átomo. Dessa forma, elementos químicos de alto peso molecular tendem a emitir partículas nucleares ou energia para adquirirem estabilidade. Dá-se essa definição no estudo da radioatividade.
Dentre os elementos químicos radioativos, destacam-se o urânio (U), o polônio (Po), o rádio (Ra) e o césio (Cs), os quais servirão como objetos de investigação do presente texto.
O elemento químico urânio possui número atômico 92 e massa atômica 238,07. É extraído da natureza na forma de um óxido, em concentrações minerais baixas. O urânio encerra os elementos químicos naturais, isto é, a partir dele, todos os demais classificados na Tabela Periódica são artificiais. Seu principal óxido é o óxido uranoso, de fórmula molecular UO2, de aspecto negro do qual é extraído cristais de coloração verde. Outro minério de elevada importância é a uraninita, de fórmula molecular U3O8, a qual tem servido de maior fonte de urânio ultimamente. O urânio está na história da radioatividade, tendo sido o elemento responsável pelo descobrimento das emissões radioativas em uma série de experimentos promovidos por Becquerel. Sua série de desintegração radioativa dá origem ao elemento plutônio.
O elemento químico polônio possui número atômico 84 e massa atômica 209. Sua nomenclatura está associada a uma homenagem a Pierre e Marie Curie (Polônia). O polônio pode ser extraído pela sua alta solubilidade em soluções ácidas diluídas. Trata-se de um metal volátil, de baixíssimo ponto de fusão. É tido como uma das substâncias de maior intensidade de emissões radioativas dentre todas as outras.
O elemento químico rádio apresenta número atômico 88 e massa atômica 226,05. Trata-se de um metal alcalino terroso (localizado na Família 2A da Tabela Periódica), sendo muito raro naturalmente. Sua principal fonte é um minério conhecido como pechblenda. Apresenta uma importante emissão gama, a qual é utilizada industrialmente na esterilização de alguns alimentos. Uma de suas séries de desintegrações radioativas forma os elementos hélio e radônio.
O elemento químico césio possui número atômico 55 e massa atômica 132,9. Trata-se de um metal alcalino (Família 1A da Tabela Periódica), sendo encontrado no estado líquido em temperaturas superiores a 28 °C.  É utilizado desde 1967 pelo Sistema Internacional de Unidades (SI) como determinante para a unidade do tempo segundo, sendo que 1 segundo corresponde a 9.192.631.770 ciclos da radiação de seu isótopo 133 entre dois níveis de energia de seu átomo.

3 de set. de 2013

Radiação (Parte 2): Fontes Radioativas Estão Mais Perto Do Que Imaginamos

O episódio com o Césio-137 tornou notórias as chamadas fontes radioativas dos equipamentos hospitalares, criando uma expectativa geral sobre onde elas se situam e se são seguras, precaução por vezes tomada onde não se usa tal recurso, como é o caso dos aparelhos de raio-X, que não têm fonte radiativa e, uma vez desligados da eletricidade, não emitem mais radiação.
Porém, é verdade que a presença de elementos radioativos potencialmente perigosos pode estar mais próxima do que imaginamos. É o caso dos pára-raios, por vezes instalados logo acima do teto em que dormimos, dos quais muitas hastes antigas possuem pontas de Amerício-241, cuja intensidade radiativa e meia-vida são ainda maiores que as do Césio-137.

Pára-raios

Devido às quantidades e condições em que o material radioativo foi processado, estas pontas, em geral, não representam o mesmo perigo letal que a cápsula de Césio, mas mesmo assim seu uso foi proibido e decretado o recolhimento e acondicionamento seguro das restantes em uso. Como não havia um controle sobre quantos pára-raios radiativos foram instalados e onde estão eles, muitas peças antigas encontram-se ainda por aí.
Fontes radioativas também podem ser usadas para medição do nível de líquidos especiais em tanques fechados, o que implica que pode haver delas em alguma fábrica próxima. E cada vez que usar algum produto farmacêutico, seja uma seringa de injeção ou um simples fio dental, lembre que é possível que ele tenha sido esterilizado dentro da embalagem lacrada por um feixe ionizante emitido por fonte radioativa.
Esses lembretes visam mostrar que convivemos sem grandes problemas ou riscos com elementos radiativos, bastando que as regras de segurança sejam observadas e que a absurda sucessão de negligências, erros e desconhecimentos ocorrida em Goiânia não se repita.

2 de set. de 2013

Radiação (Parte 1): O Césio-137 e o Acidente Nuclear em Goiânia

Antes de setembro de 1987, a idéia de um acidente nuclear em território brasileiro era uma possibilidade remota envolvendo, no máximo, especulações pessimistas sobre as usinas de Angras dos Reis, no Rio de Janeiro ou, talvez, o IPEN, Instituto de Pesquisas de Energia Nuclear da Universidade de São Paulo, onde existe um pequeno reator atômico destinado a pesquisas.
A surpresa e tragédia vieram de lugar e modo completamente inesperados. Quando explodiram as manchetes relatando casos de morte por envenenamento radiativo, dezenas de casos confirmados de contaminação e outros milhares sob suspeita, todas as atenções se voltaram para Goiânia.
A discreta capital de Goiás, no centro do Brasil, colocava em evidência o protagonista daquele episódio, uma cápsula violada de césio 137, que, negligentemente abandonada, indevidamente removida, imprudentemente aberta e inadvertidamente manipulada, espalhou o terror entre uma população que nem desconfiava da existência de tal risco tão próximo de seus lares.
No abalo causado pelas quatro mortes e dezenas de vítimas graves, o césio 137 passou a ser visto como um perigoso assassino, por conta de uma desastrosa sucessão de erros que levou à remoção daquele estranho material de belo brilho azulado da segurança de seu invólucro de chumbo, onde foi enclausurado para cumprir a missão de ajudar a salvar vidas, não tirá-las.

Radioterapia

O acidente de Goiânia começou quando uma cápsula de chumbo contendo por volta de 20 gramas de cloreto de césio-137 (CsCl) foi removida de um aparelho de radioterapia abandonado.
Essa cápsula era uma fonte radiativa, um emissor de radiações utilizado para bombardear com precisão células cancerígenas e destruí-las sem afetar os tecidos próximos. Dentro do aparelho e da blindagem, usado sob as condições especificadas, não há contato direto entre o paciente e o material radiativo, apenas um feixe de partículas oriundo da fonte é milimetricamente direcionado à área afetada.
Materiais radiativos como césio 137 emitem radiações ionizantes, feixes de partículas ou de ondas eletromagnéticas capazes de atravessar corpos sólidos, afetando durante o trajeto suas estruturas atômicas. Radiações ionizantes de alta intensidade podem provocar lesões nas células e tecidos vivos, causando uma série de efeitos nocivos que caracterizam o chamado envenenamento por radiação.
Isso aconteceu em Goiânia porque as vítimas tiveram contato físico direto com o material radiativo removido da cápsula protetora. Assim, não só foram expostas à intensidade máxima de radiação sem nenhum controle, como a exposição se deu por tempo prolongado, fatores decisivos para que o envenenamento radiativo se dê.
Na radioterapia, intensidade, tempos de exposição e direcionamento do feixe radiativo são cuidadosamente controlados de modo que apenas as células cancerígenas sejam atingidas e destruídas. Nos equipamentos modernos de radioterapia o Cobalto-60 substitui o césio-137 como fonte radiativa por apresentar melhores resultados técnicos e terapêuticos.

O que é césio-137?

O césio-137 é um radiosótopo, ou seja, um isótopo radiativo do césio. Isótopos de um elemento químico são as variações de massa atômica que este elemento pode apresentar. Assim, os isótopos de um mesmo elemento têm o mesmo número atômico e diferentes números de massa.
O número de massa é a soma dos prótons e nêutrons presentes no núcleo do átomo. Na maioria dos elementos o número de prótons e nêutrons é igual ou próximo, mas alguns isótopos possuem muito mais nêutrons do que prótons, e em virtude disto seus núcleos se tornam instáveis e emitem radiações. Por isto são chamados de isótopos radiativos ou radioisótopos.
Descoberto em 1860, por Kirchhoff e Bunsen, o elemento químico césio tem número atômico 55 e seus isótopos mais relevantes são o 133 e o radiativo 137. Assim, o césio-137 é um radioisótopo do césio que tem em seu núcleo 55 prótons e 82 nêutrons.
Sua meia-vida, o tempo necessário para que sua atividade radiativa caia pela metade, é de trinta anos e, conforme se desintegra pela emissão radiativa, forma Bário-137. Na natureza apresenta-se como um metal alcalino, mas pode ser obtido da fissão nuclear do urânio ou plutônio.
Como em sua forma alcalino-metálica o césio se apresenta no estado líquido à temperatura ambiente, sua utilização era feita no formato de sais, como o cloreto de césio, muito parecido com o sal de cozinha, mas que no escuro emite o brilho cristalino azulado que fascinou e contaminou em Goiânia.

14 de mai. de 2013

Bomba Atômica

 
 A Bomba atômica é uma arma de energia nuclear que possui um grande poder de destruição. Foi elaborada durante a Segunda Guerra Mundial quando houve a necessidade de desenvolver novas armas de combate. Partindo dessa necessidade, alguns cientistas realizaram pesquisas do átomo partindo das teorias de Albert Einstein.
Antes de saber sobre o funcionamento da bomba atômica você precisa saber sobre o elemento Urânio, um dos causadores da explosão. O Urânio é um isótopo, ou seja, existem duas formas do elemento Urânio, elas possuem o mesmo número atômico, mas se diferem na quantidade de massa.

O Urânio com massa 238 é mais comum na natureza, já o que possui massa 235 representa apenas 0,72% do total de Urânio existente, e é justamente ele que representa perigo à humanidade. É usado em reatores nucleares e em bombas atômicas.

Quando o núcleo do átomo de urânio 235 é atingido velozmente por um nêutron em alta velocidade, ele se quebra em dois pedaços e lança mais nêutrons e porções de energia. Cada um dos nêutrons projetados pela quebra atinge outros núcleos de átomos de urânio, realizando novamente a quebra e gerando mais nêutrons e mais energia, e assim sucessivamente. Esse processo é chamado de fissão nuclear (fissão=quebra, nuclear= núcleo) e significa a quebra do núcleo.

Em 1942, cientistas nos Estados Unidos realizaram a primeira experiência atômica e obtiveram êxito. Aproveitando a descoberta, o presidente americano Harry Truman, querendo forçar o Japão a sair da guerra, ordenou que fossem lançadas duas bombas sobre o país.

Em 06 de agosto foi lançada a primeira bomba em Hiroshima e três dias depois a segunda bomba em Nagasáqui. Tais lançamentos provocaram a morte de 200 mil pessoas em Hiroshima e de 150 mil pessoas em Nagasáqui. Essa arma nuclear tinha a potência equivalente a 20 mil toneladas de dinamite. Ainda hoje, passados 58 anos da explosão da primeira bomba atômica, o número de vítimas continua sendo contabilizado, já ultrapassando 250 mil mortos.

Vale lembrar que uns poucos quilos de Urânio é capaz de provocar um enorme estrago como o que ocorreu em Hiroshima e Nagasáqui. 

24 de abr. de 2013

Actinídeos



São chamados de actinídeos o conjunto ou série de elementos localizados na Tabela Periódica com números atômicos que vão do actínio (Z = 89) ao laurêncio (Z = 103). O nome desse conjunto deve-se ao primeiro elemento dessa sequencia, o actínio, sendo que os componentes desta série também são chamados de actinóides. Os actinídeos formam ao todo um grupo de 15 elementos, e juntamente com os lantanídeos, são conhecidos como metais de transição interna, compondo o bloco “f” da Tabela Periódica.
Na organização da tabela, estes elementos ficam posicionados em um conjunto à parte, ao lado dos lantanídeos, permitindo uma disposição mais racional, melhor distribuída. Algumas tabelas periódicas situam estes elementos entre o rádio  (Ra) e o rutherfórdio (Rf) formando uma versão mais alongada desta.
A razão de estarem agrupados em um conjunto específico baseia-se no fato de suas duas camadas eletrônicas exteriores estarem estruturadas igualmente, de modo que as diferenças residem apenas no número de elétrons da terceira camada desde o exterior, pelo que, em grande parte, têm o mesmo comportamento químico. Desse fenômeno nasce a grande afinidade entre as propriedades químicas da série.
Dentro deste grupo temos elementos essenciais ao processo de obtenção de energia atômica, com destaque para o urânio 235 e o plutônio 239, matérias-primas do combustível utilizado nas centrais nucleares em reações de fissão nuclear.
Os actinídeos podem ainda ser divididos em elementos naturais, ou seja, que estão disponíveis na natureza e ainda nos chamados elementos transurânicos, que, devido à sua grande instabilidade, são obtidos apenas por meio de processos radioativos. São eles:
elementos naturais:
  • 89 - actínio (Ac)
  • 90 - tório (Th)
  • 91 - protactínio (Pa)
  • 92 - urânio (U)
elementos transurânicos:
  • 93 - netúnio (Np)
  • 94 - plutônio (Pu)
  • 95 - amerício (Am)
  • 96 - cúrio (Cm)
  • 97 - berquélio (Bk)
  • 98 - califórnio (Cf)
  • 99 - einstéinio (Es)
  • 100 - férmio (Fm)
  • 101 - mendelévio (Md)
  • 102 - nobélio (No)
  • 103 - laurêncio (Lw)
Todos os actinídeos são radioativos, ou seja, emitem radiações de modo espontâneo e se desintegram para dar origem a outros elementos mais estáveis, de menor peso e números atômicos menores. A desintegração radioativa é o fenômeno responsável pelo fato de que a maior parte dos actinídeos não estarem disponíveis em estado natural. O tório e o urânio existem na natureza porque são produtos da desintegração de elementos transurânicos, além de terem meias-vidas relativamente longas. Quanto mais instável um elemento, mais frequente será sua emissão de radiação, portanto, mais rápida sua desintegração. É chamada de “meia-vida” o tempo necessário para a carga radioativa do elemento se reduza à metade, e seu valor varia de milhares de anos a poucos segundos. Os estudos do desenvolvimento destes elementos possibilitaram a síntese de outros elementos de transição, os chamados transactinídeos, que se iniciam a partir do número atômico 104.

23 de abr. de 2013

Américio Radioativo

O elemento químico Amerício é altamente radioativo, ele emite raios gama (γ) e partículas alfa (α). Esse elemento é encontrado em detectores de fumaça, encontrado em lares, escolas, onde se pretende obter maior segurança contra incêndios. Esses detectores são responsáveis por milhares de vidas salvas, já que detecta o incêndio assim que é iniciado.

Outra utilização de amerício é na produção de nêutrons para sondas analíticas. Os raios gama emitidos pelo Amerício são muito penetrantes, mais que os raios X, sendo por isso designado para a aplicação em sondas.

Os raios penetrantes do amerício já foram usados em radiografias para averiguar a quantidade de gordura em tecidos e de minerais nos ossos. Apesar dos benefícios, este elemento é perigoso por sua radioatividade, não exercendo nenhum papel no organismo, pelo contrário, pode destruir as células do corpo. Seu uso em detectores de fumaça deve ser controlado e o descarte destes equipamentos deve ser cuidadoso, para não ocorrer contaminação radioativa.
 

Fonte:http://www.mundoeducacao.com.br/quimica/americio-radioativo.htm

28 de mar. de 2013

Lixo Nuclear: Perigo!

Os rejeitos radioativos provenientes de hospitais, usinas nucleares, centros de pesquisas, etc., recebem o nome de lixo Nuclear. Como o próprio nome já diz, este material é resultado da atividade com elementos radioativos que emitem energia nuclear, como por exemplo, Urânio, Césio, Estrôncio, Iodo, Criptônio e Plutônio. Este lixo não pode ser reutilizado em razão dos isótopos radioativos, ou seja, não pode ser tratado como lixo comum.
Por que o lixo nuclear representa perigo? Quando os isótopos de Urânio passam pelo processo de fissão nuclear, se desintegram e passam a emitir radiações gama. Os raios gama são extremamente nocivos à saúde porque possuem um grande poder de penetração, eles invadem as células do organismo e podem levar até à morte. Por isso os materiais radioativos oferecem riscos à saúde do homem.

Veja como pode ser feito o descarte correto do lixo Nuclear:

Os rejeitos de usinas nucleares são colocados em recipientes especiais e descartados em locais com revestimento de concreto, devendo permanecer confinados por um período longo, que varia de 50 a 300 anos. A radiação desaparece após esse tempo e não oferece mais riscos. Mas é importante destacar que esse período não é fixo, pode variar de um lixo para outro.

Um dos maiores acidentes envolvendo o lixo Nuclear ocorreu na cidade de Goiânia, em 13 de setembro de 1987, e resultou na morte de mais de 400 pessoas. O material radioativo responsável pela catástrofe foi o Césio 137, que contaminou adultos e crianças. Após o acidente foi preciso criar o repositório: local isolado e profundo, recoberto com placas de chumbo (isolante), onde o lixo nuclear foi armazenado. 

15 de mar. de 2013

Poluentes Radioativos

 
Entre os vários poluentes radiativos, um dos mais perigosos é o estrôncio 90, que, além de apresentar uma meia-vida relativamente alta, é um elemento metabolizado pelo organismo de forma semelhante ao cálcio. (Meia-vida é o intervalo de tempo no qual a metade de um conjunto de átomos radiativos perde a capacidade de emitir radiatividade.)
A meia-vida é bastante variável entre os elementos radiativos, como se pode observar nos exemplos abaixo:
• iodo 131 - 8 dias; iodo 129 - 10 milhões de anos; estrôncio 90 - 28 anos.
Como "imitador" do cálcio, o estrôncio 90 - que pode ser adquirido pela ingestão de leite e ovos contaminados - aloja-se nos ossos, próximo à medida. A radiatividade emitida pode alterar a atividade da medula óssea na produção de células sangüíneas, com o perigo de levar o indivíduo a uma forte anemia ou mesmo a adquirir leucemia.

O iodo radiativo (I129; I131), outro perigoso poluente, aloja-se em especial na tireóide, reduzindo-lhe a atividade, além de provocar processos de cancerização nessa glândula). Entende-se por que, depois do vazamento da usina nuclear de Chernobyl (na Ucrânia, república da então União Soviética), em abril de 1986, foi proibido o consumo de leite natural e de determinados legumes não só na área diretamente afetada, mas também em países vizinhos, como a Polônia e a Itália. Muitos europeus, para se defenderem da radiação, passaram a ingerir iodo comum juntamente com a água. Essa substância aloja-se na tireóide, "saturando-a" e diminuindo a possibilidade de concentração de iodo radiativo na glândula.

O perigo da radiatividade pôde ser tristemente comprovado no Brasil, em setembro de 1987. Uma bomba de césio (equipamento usado para tratamento de câncer), abandonada nas antigas instalações de uma clínica, no centro de Goiânia, foi aberta a golpes de marreta num ferro-velho. A fonte radiativa, uma pequena pastilha, com pó de césio 137, ficou exposta durante vários dias e foi intensamente manuseada, contaminando mais de duzentos pessoas. Cerca de vinte adoeceram gravemente algumas morreram. Muitas áreas da cidade ficaram contaminadas e várias casas tiveram até de ser demolidas.

Os elementos radiativos, entretanto, quando bem manipulados, podem ser muito úteis ao homem. Por exemplo, o césio 137 er o cobalto 60 são muito utilizados em tratamento de tumores cancerosos ou em bombas que se prestam à esterilização de insetos nocivos à agricultura.

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