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2 de out. de 2013

Descontaminação de Pessoas Que Entram em Contato Com a Radioatividade

A descontaminação de pessoas que entram em contato com material radioativo é feita de acordo com o grau da contaminação. Se a contaminação não for alta, a pessoa passa primeiramente por um processo de lavagem com água, sabão e vinagre. É importante ressaltar que a água utilizada também é controlada, pois conterá radioatividade após o processo.
Uma segunda indicação é aumentar a sudorese, ou seja, o suor do corpo das pessoas contaminadas, por meio de exercícios físicos em esteiras ergométricas ou através do uso de saunas. Em muitos casos, só esses métodos já servem para descontaminar as vítimas e elas são liberadas.
Já em casos mais graves, nos quais o material radioativo ficou muito tempo em contato com a pele e foi absorvido pelo organismo, a pessoa passa a ser monitorada. Nesses casos, realiza-se um tratamento com ingestão do sal Azul de Prússia, também denominado Radiogardase. Esse medicamento de origem alemã é absorvido pelo tubo gastrointestinal e é de baixa toxicidade, funcionando como uma resina de troca iônica. Ele faz com que o césio, que é excretado por via urinária, passe então a ser também eliminado pelas fezes.
Azul da Prússia é usado em descontaminação radioativa
Se o Azul da Prússia for administrado 10 minutos após a contaminação radioativa, reduz-se a absorção de césio em 40%. Mas se isso não acontecer, seu efeito diminui, sendo que ele conseguirá captar 35% do césio radioativo no organismo.
No acidente com o Césio 137, em Goiânia, foram produzidas grandes quantidades de Azul da Prússia, pois este havia sido utilizado antes nas vítimas de Chernobyl, que também foram contaminadas por césio (subproduto da fissão). Em Goiânia, ele foi aplicado na superfície do corpo das vítimas e dos materiais radioativos. Na época não era possível ingeri-lo porque isso dependia ainda de ensaios toxicológicos e um mínimo de cinco anos de estudos comprobatórios.
Na época do acidente, os farmacêuticos da Marinha do Brasil conseguiram desenvolver outro medicamento, o Ferrocianeto de Ferro e Potássio ─ FeK[Fe(CN)6] ─, capaz de absorver 90% do césio no organismo, como mostrou um teste realizado in vitro. As pesquisas e ensaios clínicos desse medicamento continuam sendo realizados.

2 de set. de 2013

Radiação (Parte 1): O Césio-137 e o Acidente Nuclear em Goiânia

Antes de setembro de 1987, a idéia de um acidente nuclear em território brasileiro era uma possibilidade remota envolvendo, no máximo, especulações pessimistas sobre as usinas de Angras dos Reis, no Rio de Janeiro ou, talvez, o IPEN, Instituto de Pesquisas de Energia Nuclear da Universidade de São Paulo, onde existe um pequeno reator atômico destinado a pesquisas.
A surpresa e tragédia vieram de lugar e modo completamente inesperados. Quando explodiram as manchetes relatando casos de morte por envenenamento radiativo, dezenas de casos confirmados de contaminação e outros milhares sob suspeita, todas as atenções se voltaram para Goiânia.
A discreta capital de Goiás, no centro do Brasil, colocava em evidência o protagonista daquele episódio, uma cápsula violada de césio 137, que, negligentemente abandonada, indevidamente removida, imprudentemente aberta e inadvertidamente manipulada, espalhou o terror entre uma população que nem desconfiava da existência de tal risco tão próximo de seus lares.
No abalo causado pelas quatro mortes e dezenas de vítimas graves, o césio 137 passou a ser visto como um perigoso assassino, por conta de uma desastrosa sucessão de erros que levou à remoção daquele estranho material de belo brilho azulado da segurança de seu invólucro de chumbo, onde foi enclausurado para cumprir a missão de ajudar a salvar vidas, não tirá-las.

Radioterapia

O acidente de Goiânia começou quando uma cápsula de chumbo contendo por volta de 20 gramas de cloreto de césio-137 (CsCl) foi removida de um aparelho de radioterapia abandonado.
Essa cápsula era uma fonte radiativa, um emissor de radiações utilizado para bombardear com precisão células cancerígenas e destruí-las sem afetar os tecidos próximos. Dentro do aparelho e da blindagem, usado sob as condições especificadas, não há contato direto entre o paciente e o material radiativo, apenas um feixe de partículas oriundo da fonte é milimetricamente direcionado à área afetada.
Materiais radiativos como césio 137 emitem radiações ionizantes, feixes de partículas ou de ondas eletromagnéticas capazes de atravessar corpos sólidos, afetando durante o trajeto suas estruturas atômicas. Radiações ionizantes de alta intensidade podem provocar lesões nas células e tecidos vivos, causando uma série de efeitos nocivos que caracterizam o chamado envenenamento por radiação.
Isso aconteceu em Goiânia porque as vítimas tiveram contato físico direto com o material radiativo removido da cápsula protetora. Assim, não só foram expostas à intensidade máxima de radiação sem nenhum controle, como a exposição se deu por tempo prolongado, fatores decisivos para que o envenenamento radiativo se dê.
Na radioterapia, intensidade, tempos de exposição e direcionamento do feixe radiativo são cuidadosamente controlados de modo que apenas as células cancerígenas sejam atingidas e destruídas. Nos equipamentos modernos de radioterapia o Cobalto-60 substitui o césio-137 como fonte radiativa por apresentar melhores resultados técnicos e terapêuticos.

O que é césio-137?

O césio-137 é um radiosótopo, ou seja, um isótopo radiativo do césio. Isótopos de um elemento químico são as variações de massa atômica que este elemento pode apresentar. Assim, os isótopos de um mesmo elemento têm o mesmo número atômico e diferentes números de massa.
O número de massa é a soma dos prótons e nêutrons presentes no núcleo do átomo. Na maioria dos elementos o número de prótons e nêutrons é igual ou próximo, mas alguns isótopos possuem muito mais nêutrons do que prótons, e em virtude disto seus núcleos se tornam instáveis e emitem radiações. Por isto são chamados de isótopos radiativos ou radioisótopos.
Descoberto em 1860, por Kirchhoff e Bunsen, o elemento químico césio tem número atômico 55 e seus isótopos mais relevantes são o 133 e o radiativo 137. Assim, o césio-137 é um radioisótopo do césio que tem em seu núcleo 55 prótons e 82 nêutrons.
Sua meia-vida, o tempo necessário para que sua atividade radiativa caia pela metade, é de trinta anos e, conforme se desintegra pela emissão radiativa, forma Bário-137. Na natureza apresenta-se como um metal alcalino, mas pode ser obtido da fissão nuclear do urânio ou plutônio.
Como em sua forma alcalino-metálica o césio se apresenta no estado líquido à temperatura ambiente, sua utilização era feita no formato de sais, como o cloreto de césio, muito parecido com o sal de cozinha, mas que no escuro emite o brilho cristalino azulado que fascinou e contaminou em Goiânia.

2 de fev. de 2013

Definição de Césio 137

 
Todos sabem do perigo do Césio 137, mas em que exatamente consiste este composto químico? O Césio é um isótopo radioativo resultante da fissão nuclear de urânio ou plutônio, o problema é que este isótopo se desintegra e dá origem ao Bário 137m, daí o número 137, a partir deste acontecimento é que o composto passa a emitir radiações gama.

Os raios gama são extremamente nocivos à saúde porque possuem um grande poder de penetração, eles invadem as células do organismo e podem levar até à morte. O maior acidente originado do Césio 137 ocorreu na cidade de Goiânia em 13 de setembro de 1987, e resultou na morte de mais de 400 pessoas.

O Bário 137 se desintegra em um pó de cor azul e fosforescente, altamente tóxico. A Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnem) se encarrega de fiscalizar os aparelhos radioativos e o descarte dos mesmos quando não servem mais para serem utilizados, para que não ocorram novos acidentes nucleares.

As conseqüências para a saúde de uma contaminação radioativa são: doenças como câncer, hipertensão e distúrbios variados.

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