A primeira mulher do mundo a ganhar um prêmio Nobel. É assim que começa a maioria das biografias sobre Marie Curie,
que em uma época onde apenas os homens iam a universidade descobriu um
elemento químico e iniciou uma verdadeira revolução no meio científico.
Maria Sklodowska nasceu em 7 de setembro de 1867 em Varsóvia,
Polônia. Filha do professor de física e matemática, Wladyslaw Sklodowski
e da cantora, pianista e professora Bronsilawa Boguska, a caçula de
cinco filhos desde cedo mostrou-se uma excelente aluna. Aos onze anos
Marie sofre duas grandes perdas: sua mãe morre vítima da tuberculose e
sua irmã mais velha morre de tifo.
Sempre encorajada pelo pai a se interessar pela ciência, Marie
termina os estudos aos 15 anos e passa a trabalhar como professora
particular antes de se mudar para Paris em 1891, aos 24 anos, para
continuar seus estudos. Em 1894 ela conhece o professor Pierre Curie com
o qual se casa no ano seguinte passando então a ser chamada de Madame
Curie. Na época Pierre trabalhava no Laboratório de Física e Química
Industrial no qual trabalhariam juntos mais tarde.
Em 1983 e 1894 Marie obtém o grau de bacharel em física e matemática
pela universidade de Sourbonne, em Paris, tornando-se depois a primeira
mulher a lecionar nessa universidade quando da morte de seu marido em
1906.
Em 1898, após ter sua primeira filha, Irene (que também ganhou um
prêmio Nobel de química em 1935), Marie Curie inicia seus estudos sobre a
radioatividade que Henry Becquerel havia descoberto dois anos antes (o
termo “radioatividade” só foi cunhado por Marie Curie em 1898, mas
Becquerel já havia feito alguns estudos sobre a radiação emitida pelos
compostos de urânio
em 1896, tendo contudo abandonado os estudos a respeito por não
considerá-los promissores. Até então referia-se ao fenômeno como
“hiperfosforecência”).
As pesquisas realizadas por Marie Curie com a ajuda de seu marido
Pierre levaram a descoberta de dois novos elementos químicos: o polônio, que ganhou este nome em homenagem ao país natal de Marie, e o rádio.
A pesquisa do casal abriu um novo caminho a ser explorado na pesquisa
científica e médica, levando muitos cientistas da época a estudar o
assunto.
Em 1903, Marie finalmente defende sua tese e obtém o título de
doutora pela Sourbonne tornando-se a primeira mulher a receber o título
nesta universidade. No final do mesmo ano, Marie e Pierre Curie recebem o
prêmio Nobel de física pela descoberta dos dois elementos químicos
junto com Becquerel que foi o primeiro a estudar o fenômeno. Em 1904
nasce sua segunda filha Eve.
Após a morte de seu marido em 1906, Marie continua a estudar a
radioatividade, principalmente suas aplicações terapêuticas e, em 1911,
recebe outro prêmio Nobel, desta vez em química, por suas pesquisas com o
rádio tornando-se a primeira pessoa, até então, a ganhar duas vezes o
prêmio Nobel.
Em 4 de julho de 1934 Marie falece devido a uma leucemia causada pela longa exposição aos elementos radioativos.
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