Cada dia mais presentes no cotidiano, os aparelhos celulares
protagonizaram recentemente manchetes diferentes das que estão
acostumados. Na última semana, dois casos diferentes e aparelhos que
explodiram surpreenderam e assustaram os consumidores pelo mundo.
No primeiro caso, um Samsung Galaxy S3 teria explodido no bolso da estudante suíça Fanny Schlatter. A jovem teve queimaduras de segundo e terceiro grau em sua perna. No Brasil, Matheus Santos relatou que seu LG Optimus L5 superaqueceu, derreteu e teria ficado grudado no chão. O caso foi relatado pelo site TecMundo.
As explosões com smartphones não parecem escolher marca ou preço: já
aconteceram acidentes com celulares da Apple, Samsung, LG, Motorola e
outras fabricantes reconhecidas. De acordo com especialistas, o uso
intenso do aparelho e defeitos de fabricação podem acarretar tais
acidentes.
O perigo da alta temperatura
A temperatura é a maior causadora das tais “explosões”, na realidade o
contato do calor, do chip (plástico) e dos componentes metálicos do
aparelho podem se aquecer e gerar faíscas. Se energia for alta, pode
ocorrer a expansão dessa carga e, então, o aparelho pode pegar fogo,
explica a química formada pela USP (Universidade de São Paulo), Carolina
Penteado.
— Os celulares não explodem, mas se esses materiais aquecerem podem gerar faíscas e pegar fogo.
Outro caso que pode gerar acidentes tem relação direta com as
baterias. Em caso de superaquecimento do componente, a temperatura pode
passar dos 100°C e causar reações perigosas.
O professor e doutor do Instituto de Química da USP, Pedro Vitorino
de Oliveira afirma que a reação é gerada por causa das próprias baterias
instaladas nos aparelhos. Como as peças são desenvolvidas com material
metálico, podem reagir de uma forma não natural.
— São as baterias que durante o processo podem produzir gases e causar a explosão.
Tipos de acidentes
Técnico em hardware, Rodrigo Luis Rocha de Souza comenta que as
“explosões” podem ocorrer de duas maneiras: a primeira é quando o
aparelho está sendo carregado e a outra durante o uso.
— Cada bateria possui um dispositivo de segurança que regula a
quantidade de corrente elétrica que pode circular por ela. Se o
dispositivo falhar, pelo motivo que for, pode haver um excesso de
energia que causa superaquecimento e, consequentemente, a explosão. Já
pela forma de uso há uma falha no componente de segurança que separa os
polos negativo e positivo da bateria, causando um curto circuito. Pode
ser causada por defeitos de fabricação, entrada de pó ou umidade.
O problema causado por esse curto circuito gera o excesso de calor,
derrete a proteção de plástico e permite passagem do ar, desta forma o
celular entra em combustão e pode chegar até 800°C e causar queimaduras
graves.
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