Alguns dos métodos mais utilizados para
proteger o ferro e o aço, e assim diminuir os enormes prejuízos causados
pela enferrujamento é a galvanoplastia e a galvanização.
A galvanoplastia é um processo em que a peça metálica que se quer
proteger é revestida por um metal mais nobre, que funciona como um metal
de sacrifício, isto é, esse metal possuirá um potencial de oxidação
maior que o ferro e, dessa forma, irá oxidar em seu lugar.
Os metais de sacrifício usados podem ser o ouro, a prata, o níquel, o
cobre, entre outros. Se o metal usado for o zinco, o processo
denomina-se galvanização.
Esses processos podem ser bastante prejudiciais para o meio ambiente,
pois além de se usar uma quantidade muito grande de água, eles geram
também resíduos tóxicos.
Por exemplo, na eletrodeposição do zinco, do ouro e da prata, usa-se o cianeto, que é extremamente tóxico.
Os efluentes desse processo também geram íons metálicos tóxicos como os cátions níquel (Ni2+) e cobre (Cu2+).
Um metal pesado altamente tóxico, mesmo em pequenas quantidades, e que é
encontrado nos resíduos da galvanoplastia é o cádmio. Ele é
bioacumulativo, isto é, vai se acumulando progressivamente ao longo da
cadeia alimentar e não é eliminado com o tempo. Ao contaminar o ser
humano, o cádmio pode causar disfunção renal, problemas pulmonares,
dores reumáticas e miálgicas, distúrbios metabólicos levando à
osteoporose, além de ser agente cancerígeno, provocando mutações
genéticas, como a mudança das funções do sistema genital.
Para diminuir os impactos ambientais dos efluentes da galvanoplastia, o
cianeto é geralmente oxidado a cianato, que é menos tóxico e se
hidrolisa, produzindo os íons amônio e bicarbonato, além de ser feita
também a precipitação dos íons metálicos.
Esse procedimento produz um resíduo sólido numa quantidade muito alta e
de descarte com custos elevados. Por isso, na prática, a maioria das
empresas estoca esse resíduo, pois há um grande déficit de aterros de
classe I, que são para resíduos perigosos.
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