No ano de 1868, os astrônomos Pierre Janssen e Norman Lockyer descobriam, num de seus estudos, o gás hélio, uma substância química simples, formada por um átomo de hélio (He). Essa descoberta se deu a partir do estudo do espectro da luz solar, daí o nome Hélio, do grego, helios, que significa Sol. Trata-se de um gás incolor, inodoro, monoatômico (ou seja, composto por um único átomo), atóxico, de baixa densidade, inerte à combustão e de menor ponto de evaporação entre todos os elementos químicos.
Na tabela periódica,
o gás Hélio é classificado como um gás nobre por apresentar uma alta
estabilidade química, não reagindo com nenhum outro elemento em Condições Normais de Temperatura e Pressão (CNTP). Esse gás é muito abundante no universo, encontrado principalmente na composição da matéria de estrelas e em erupções vulcânicas. Nos Estados Unidos se encontra a maior reserva de hélio no mundo.
Por ser menos denso que o ar atmosférico e não ser inflamável, o gás hélio passou a substituir o hidrogênio
no enchimento de dirigíveis, balões meteorológicos e de publicidade,
além de ser usado para inflar bexigas, que tendem a flutuar quando
soltas ao ar livre. Misturado ao oxigênio, o hélio é utilizado em cilindros de ar para mergulhadores de altas profundidades e no tratamento de asma e outras doenças respiratórias graves. Além disso, o gás também é aplicado em indústrias de tecnologia (especialmente de foguetes), trabalhos de imagem por ressonância magnética, na produção de semicondutores e chips de computadores, entre outras aplicações.
Uma curiosidade a respeito do gás hélio é que, quando inspirado, é capaz
de distorcer a voz humana, tornando-a mais fina. Isso ocorre porque o
gás é 7 vezes menos denso que o ar que respiramos, e dessa forma, faz
com que nossa voz se propague com uma maior velocidade (lei da Física:
“quanto mais densa for a molécula, menor sua velocidade”). Com o aumento
da velocidade, aumenta-se também a frequência do som, o que torna a voz
mais aguda e estridente.
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