Isolada pela primeira vez em 1847, a frutose (ou levulose) é um composto orgânico pertencente ao grupo dos monossacarídeos, carboidratos mais simples que não sofrem hidrólise. É representada pela fórmula química C6H12O6, sendo, portanto, classificada como uma hexose. Devido à presença de um grupo cetona em sua estrutura, a frutose pode ser classificada, ainda, como uma cetose. Logo, dizemos que se trata de uma cetohexose.
A fórmula molecular da frutose é idêntica à da glicose, o que diferencia um monossacarídeo do outro é o grupo característico, que na molécula de frutose é um grupo cetona, enquanto na molécula de glicose, é um grupo aldeído.
Tal como a glicose, a frutose também possui duas formas estruturais
diferentes: cadeia aberta (acíclica) e cadeia fechada (cíclica).
A frutose pode ser obtida por meio da hidrólise de inulina, uma polissacarídio de origem vegetal, ou da sacarose, que é um dissacarídeo
formado pela união de uma molécula de glicose e uma de frutose. Na
natureza, ela é encontrada em frutas (daí os nomes frutose ou açúcar de
frutas), vegetais, cereais e também no mel, em que a concentração desse
monossacarídeo corresponde a 42,4% do seu peso.
Trata-se do açúcar mais doce que existe: em termos de doçura, 100
gramas de frutose equivalem 173 gramas de sacarose (a sacarose é usada
como referencial para comparações de doçura, tanto de açúcares orgânicos
como adoçantes artificiais). Por esse motivo, a indústria alimentícia
utiliza muito a frutose como adoçante na produção de refrigerantes,
sucos de frutas, doces em geral, alimentos processados, frutas em
conserva, entre outros. Para uso industrial, ela é obtida através de
frutas e, em especial, do xarope de milho, constituído por partes iguais
de glicose e frutose concentrada.
No organismo humano, a frutose é digerida, metabolizada no fígado
e convertida em glicose para produção de energia (um grama de frutose
produz 16 KJ de energia). A absorção desse monossacarídeo aumenta quando
ingerido sob a forma de sacarose ou combinado com a glicose. O excesso
de frutose no organismo, contudo, pode causar alterações no metabolismo e
potencializar o risco de resistência à insulina, situação na qual esse hormônio não exerce corretamente a sua função, tendo como consequência o aumento do teor de glicemia.
O ideal
é consumi-la por meio de frutas e outros vegetais, pois esses alimentos
apresentam uma menor concentração de frutose, e a combinação com fibras
e demais nutrientes da fruta, faz com que a absorção ocorra de forma
mais lenta, sem desequilibrar o metabolismo.
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