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30 de jan. de 2014

Síntese de Diels-Alder

No início do século XX, os químicos alemães Otto Paul Hermann Diels e Kurt Alder descobriram e desenvolveram um tipo de reação química que recebeu o nome de Síntese de Diels-Alder. Trata-se de uma reação de adição de um dieno — composto orgânico que apresenta duas ligações duplas — com um segundo reagente — o dienófilo, tendo como produto um composto cíclico.
Diels-Alder
Por produzir um composto cíclico, a síntese de Diels-Alder é classificada como uma reação de cicloadição. Tal síntese é considerada como o exemplo mais importante desse tipo de reação, pois geralmente acontece numa etapa simples, sem intermediários (como radicais livres, por exemplo) e, em muitos casos, pode ocorrer à temperatura ambiente.
Existe uma enorme variedade de dienos e dienófilos que podem participar das sínteses de Diels-Alder. Dienos comuns, cíclicos (como o clicopentadieno), de cadeia aberta (como o 1,3-butadieno ou buta-1,3-dieno) e até heterodienos (deinos que contêm heteroátomos em sua cadeia) podem ser utilizados em sínteses como essas. Entre os dienófilos utilizados nessa classe de reações químicas podemos citar as nitrilas, as cetonas, as quinonas, os derivados do acetileno e do etileno, etc.
O princípio da reação de Diels-Alder tem sido muito empregado em sínteses orgânicas de moléculas importantes, como a morfina, esteroides e alguns alcaloides. A indústria petroquímica muito utiliza esse tipo de reação para obtenção de compostos cíclicos: a adição do 1,3-butadieno com o estireno produz a buna, um tipo de borracha sintética muito resistente, usada na fabricação de tubos para condução de óleos lubrificantes em automóveis e máquinas.
A descoberta e o desenvolvimento da síntese de Diels-Alder rendeu a Otto Diels e Kurt Alder o Prêmio Nobel de Química no ano de 1950. Na realidade, o prêmio foi concedido não só pela reação química propriamente dita, mas principalmente pela proporção que a ideia alcançou. Hoje, diversas reações químicas realizadas com base no conceito da síntese de Diels-Alder, uma forma relativamente mais simples de se obter compostos cíclicos e policíclicos.

10 de jan. de 2014

Corrosão

Corrosão é a deterioração de metais causada por processos eletroquímicos das reações de oxirredução. Para entender melhor como funciona esse processo, é importante esclarecer os seguintes conceitos:
  • Oxidação é a perda de elétrons.
  • Redução é o ganho de elétrons.
  • Reação de oxirredução é aquela em que ocorre transferência de elétrons entre os átomos evolvidos.
A corrosão, em geral, é provocada pelo oxigênio. Os metais têm uma capacidade de oxidação bem maior do que o oxigênio, sendo assim, tendem a perder elétrons para o oxigênio presente no ar atmosférico.
O ferro, por exemplo, oxida-se facilmente quando exposto ao ar e à umidade. Nesse processo de oxidação do ferro (chamada de ferrugem em linguagem comum) estão envolvidas várias reações:
corrosão
Note que a umidade e o ar estão presentes em todas essas reações, eles são fatores fundamentais, pois sem água e oxigênio a corrosão não acontece.
Existem fatores que por si só não provocam corrosão, mas são capazes de acelerar o processo. Um exemplo disso é a presença de gás carbônico (CO2), dióxido de enxofre (SO2) e outras substâncias ácidas no ar, que deslocam a reação catódica para a direita (princípio de Le Chatelier), fazendo com que a ferrugem se forme mais rapidamente. Ambientes salinos, como o mar e seus arredores, também contribuem para o processo de corrosão porque aumentam a condutividade elétrica.
Assim como o ferro, muitos outros metais e ligas metálicas também sofrem corrosão, como ocorre com a prata, que escurece ao longo do tempo, e o cobre, que ganha um aspecto esverdeado com o passar dos anos. No caso da prata, há a formação de uma película superficial de sulfeto de prata (Ag2S), provocada pela reação do metal com o ácido sulfídrico (H2S), daí a cor preta. Já o cobre e suas ligas metálicas são oxidados pelo oxigênio, formando uma camada denominada azinhavre, responsável pela aparência esverdeada.
Ao contrário da maioria dos metais, os objetos de alumínio não enferrujam facilmente. O que ocorre, na verdade, é uma oxidação superficial do alumínio, produzindo uma fina película de óxido de alumínio (Al2O3), que se adere firmemente à superfície e evita que o processo de corrosão continue. Esse fenômeno recebe o nome de apassivação do alumínio.
Uma forma muito comum de proteger um metal da corrosão é revesti-lo com metais que tenham maior potencial de oxidação, ou seja, maior tendência a perder elétrons. Assim, o metal do revestimento se oxida primeiro e retarda a oxidação do outro, sendo, por isso, chamado de metal de sacrifício. O magnésio é um exemplo de metal de sacrifício, muito utilizado no recobrimento de tanques de aço, navios e oleodutos.
Outra medida muito frequente de combater a corrosão é a pintura com tintas especiais. Quando bem aplicada, a tinta forma um filme protetor que evita o contato do metal com o ar, impedindo a formação de ferrugem.

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