Metanol ou álcool metílico
Líquido muito inflamável.
Ponto inflamável 4ºC (crisol
fechado).
Líquido incolor, com cheiro,
completamente miscível com a água.
Volátil. Ponto de ebulição 65ºC.
Os vapores são invisíveis e mais
densos que o ar e formam com ele mesclas explosivas entre uns 6% e 36,5% em
volume de vapor de metanol. Cuidado com os recipientes vazios que contenham
resíduos.O aquecimento do recipiente origina um aumento da pressão.Perigo de
estourar e explodir.
Os vapores são invisíveis e mais
densos em relação ao ar .No contato com este firmam misturas explosivas.que
variam de 6% até 36,5% em volume de vapor do metanol. Tomar conta dos
recipientes vazios que contenham resíduos dentro.
Quando o recipiente esquentar
produz incremento de pressão. Perigo de estalido e explosão!
Toxicidade:
O metanol é tóxico tanto em
estado líquido ou em estado de vapor. Pode ingressar ao organismo pelo nariz,
boca ou pele (especialmente através de cortes ou ferimentos) e é rapidamente
absorvido pelas vias sangüíneas do corpo.
Ingestão: A ingestão direta
produz a resposta mais rápida, sendo 50 a 100 ml usualmente uma dose mortal,
porém 25 a 50 ml são freqüentemente mortais se o paciente não é tratado
imediatamente. A tolerância individual varia amplamente. Deve- se tomar todas
as precauções para evitar que o metanol não seja ingerido por erro e deve ser
estritamente proibido sorver com a boca.
Inalação: Altas concentrações de
vapores de metanol podem produzir envenenamento agudo depois de breves
exposições. Considera-se que 200 ppm de vapor de metanol em volume (0,25
mg/litro a 25ºC e 1 atm) é o limite máximo permitido na atmosfera para um
trabalho de 8 horas diárias, 40 horas semanais.
Contato com a pele: O efeito
imediato do metanol na pele é a perda da oleosidade e o ressecamento, típicos
também de outros solventes. Contudo o metanol pode também ser absorvido pela
pele e causar os efeitos tóxicos e letais descritos anteriormente.
Exposição aos olhos: Os efeitos
imediatos do metanol são similares aos de outros solventes, sendo recomendado
que se lave rapidamente. Através de contato direto, inalado ou ingerido, o
metanol causa visão turva, uma extrema sensibilidade à luz (fotofobia) e
inflamação (conjuntivite). Exposições severas podem destruir o nervo ótico,
levando à cegueira e causar lesões oculares. Algumas vezes os sintomas oculares
podem desaparecer inicialmente, porém retornam causando cegueira.
Etanol ou álcool etílico
Líquido incolor, com cheiro,
completamente miscível com a água. Volátil. Ponto de ebulição 81ºC. Os vapores
são invisíveis e mais densos que o ar e formam com ele mesclas explosivas.
Cuidado com os recipientes vazios que contenham resíduos.O aquecimento do
recipiente origina um aumento da pressão.¡Perigo de estourar e explodir! O
líquido e seus vapores produzem irritação nos olhos, pele ou vias
respiratórias. Os vapores em altas concentrações podem originar náuseas.
O etanol ou álcool etílico,
apresenta duas funções principais: "commodity chemical" e indústria
de bebidas alcoólicas.
Após a água, o álcool é o solvente mais
comum, além de representar a matéria-prima de maior uso no laboratório e na
indústria química. Na biossíntese do etanol é empregado linhagens selecionadas
de Saccharomyces cerevisae, que realizam a fermentação alcoólica, a partir de
um carboidrato fermentável. É muito importante que a cultura de levedura possua
um crescimento vigoroso e uma elevada tolerância ao etanol, apresentando assim
a fermentação um grande rendimento final. O etanol é inibidor a altas concentrações,
e a tolerância das leveduras é um ponto crítico para uma produção elevada deste
metabólito primário. A tolerância ao etanol varia consideravelmente de acordo
com as linhagens de leveduras. De modo geral, o crescimento cessa quando a
produção atinge 5% de etanol (v/v), e a taxa de produção é reduzida a zero, na
concentração de 6 a 10% de etanol (v/v).
O etanol pode ser produzido a
partir de qualquer carboidrato fermentável pela levedura: sacarose, sucos de
frutas, milho, melaço, beterrabas, batatas, malte, cevada, aveia, centeio,
arroz sorgo etc, (necessário hidrolisar os carboidratos complexos em açúcares
simples fermentáveis, pelo uso de enzimas da cevada ou fúngicas, ou ainda pelo
tratamento térmico do material acidificado).
Material celulósico, como
madeira e resíduos da fabricação da pasta de papel podem ser utilizados. Por
causa da grande quantidade de resíduos de material celulósico disponível, a
fermentação direta desses materiais quando hidrolisados por enzimas
celulolíticas pode ser de grande importância econômica.
Culturas mistas de Clostridium
thermocellum e C. thermosaccharolyticum podem ser usadas. Hemiceluloses e
celuloses são hidrolisadas em monossacarídeos (hexoses e pentoses) por essas
bactérias e os monossacarídeos são fermentados diretamente a etanol.
O processo de produção de etanol:
A produção de etanol é iniciada aerobicamente para
produzir o máximo de biomassa.
O etanol é produzido em três etapas principais:
- Preparação da solução nutriente;
- Fermentação;
- Destilação do etanol.
A química toxicológica:
Etanol (EtOH). A
toxicidade pelo etanol mostra-se relacionada à dose, mas a tolerância varia
amplamente entre os indivíduos. Níveis sangüíneos maiores do que 100 mg/dl
definem, em termos legais, o estado de intoxicação e estão tipicamente
associados com ataxia; com 200 mg/dl, os pacientes estão sonolentos e confusos.
Com níveis acima de 400 mg/dl geralmente há depressão respiratória, sendo
possível à morte.Estudos laboratoriais devem incluir nível de eletrólitos,
glicose, osmolalidade sérica e nível de EtOH no sangue. O nível de EtOH no
sangue pode ser rapidamente estimado pelo cálculo do intervalo de osmolalidade
(osmolalidade medida menos a osmolalidade calculada). O nível de álcool no
sangue em miligramas/decilitro dividido por 4,3 é igual ao intervalo de
osmolalidade, na ausência de outras toxinas de baixo peso molecular.
Nível de álcool no sangue = 4,3 (osmolalidade
medida – osmolalidade calculada)
Álcool isopropílico (AIP). O álcool para uso
externo é o AIP de 70%. Ele é mais tóxico do que o EtOH em qualquer nível
sangüíneo (50 mg/dl = intoxicação, 100-200 mg/dl = estupor e coma). Depressão
respiratória e hipotensão ocorrem quando os níveis sangüíneos são altos.
Náusea, vômitos e dor abdominal ocorrem freqüentemente; também pode ocorrer
hipoglicemia. A avaliação laboratorial comumente revela cetose sem acidose (o
AIP é metabolizado até acetona). Acidose metabólica encontra-se geralmente
relacionada com hipotensão associada. A concentração de AIP no sangue pode ser
medida diretamente ou ser estimada da mesma maneira como o EtOH,
substituindo-se o denominador 5,9 por 4,3.
Metanol (MeOH): É encontrado em líquido para limpar
pára-brisas e em anticongelantes. O esterno contém tanto EtOH quanto MeOH, e o
EtOH presente pode retardar as manifestações de toxicidade pelo MeOH. A
toxicidade pelo MeOH é devida à sua conversão por desidrogenase alcoólica a
formaldeído e ácido fórmico. EtOH retarda esse metabolismo, competindo com essa
enzima. O paciente pode ter sintomas iniciais de letargia e confusão, seguidos
por uma aparente "ressaca". Os sintomas tóxicos consistem de
enxaqueca, sintomas visuais, náusea, vômitos, dor abdominal, taquipnéia e
insuficiência respiratória. Coma e convulsões podem ocorrer em casos graves.O
exame revela caracteristicamente um paciente com desconforto, que pode estar
muito taquipnéico e com acuidade visual diminuída; hiperemia de disco óptico
pode ser de difícil apreciação. Estudos laboratoriais devem incluir CBC,
eletrólitos, BUN, creatinina, amilase, nível de EtOH, nível de MeOH, e GSAs,
que irão revelar uma acidose metabólica com gap aniônico grave. A faixa de
ingesta tóxica é de 15-400 ml. Em geral, o pH e o estado ácido-básico são
melhores previsores da toxicidade do que o nível absoluto. O nível de MeOH em
mg/dl pode ser estimado da mesma forma como o do EtOH, substituindo-se o
denominador 2,6 por 4,3.
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