Quando Ernerst Rutherford (1871-1937) fez o seu famoso experimento com
um feixe de partículas alfa, e propôs um novo modelo para o átomo, houve
algumas controvérsias.
Uma delas era que, segundo ele, o átomo teria um núcleo composto de
partículas positivas denominadas prótons. No entanto, percebeu-se que se
no núcleo do átomo houvesse mais de um próton, isto comprometeria a
estabilidade do núcleo, porque os prótons, como partículas positivas,
iriam sofrer uma força de repulsão. Elas iriam se repelir e o núcleo
iria desmoronar.
Sabemos muito bem que isto não ocorre e que os átomos de fato existem.
Assim, Rutherford admitiu que existiam no núcleo outras partículas
semelhantes aos prótons, porém sem carga elétrica. Isto explicaria esta
aparente contradição, pois tais partículas neutras diminuiriam a
repulsão entre os prótons e aumentaria a estabilidade do núcleo. O seu
modelo atômico ficou, portanto, conforme aparece abaixo, com partículas
positivas (prótons) e neutras (nêutrons) no núcleo.
Núcleo do modelo atômico de Rutherford
Ele próprio denominou essas partículas de nêutrons. De certa maneira, os nêutrons “isolam” os prótons, evitando suas repulsões e o consequente “desmoronamento” do núcleo.
*Características do nêutron:
Em relação às outras partículas subatômicas, temos:Tabela de Características do nêutron e das outras partículas subatômicas
Experiências posteriores confirmaram que os prótons e os nêutrons são formados por outras partículas, denominadas quarks (udd – dois deles "down" e um "up").
Quando está ligado ao núcleo, os prótons e os nêutrons se mantêm unidos
pela força forte, que é responsável, também, pela união dos quarks
dentro dos prótons e nêutrons.
Quando livre, o nêutron é instável, decaindo em cerca de 10 minutos, gerando um próton e emitindo um elétron e um antineutrino.
Decaimento do nêutron livre.
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