O elemento químico cromo apresenta símbolo Cr, número atômico 24 e massa atômica 51u, localiza-se na Tabela Periódica como um metal de transição. Atualmente sabemos que depósitos ainda não explorados, ou muito poco, de cromo são ainda abundantes, e concentram-se principalmente no Cazaquistão e na África do Sul.
Os níveis naturais de cromo em águas não-contaminadas podem
variar de 1 µg a alguns µg/litro. Já a concentração de cromo nas rochas
pode variar naturalmente de 5 mg/kg (rochas graníticas) a 1800 mg/kg
(rochas ultramáficas/básicas). Os mais importantes depósitos desse
elemento no planeta o contém em sua forma elementar ou em seu estado de
oxidação trivalente (+3). Na grande maioria dos solos, o cromo
apresenta-se sempre em baixas concentrações, mas valores
relativamente altos, de alguns quilos, já foram encontrados em solos
não-contaminados. “Quase todo o cromo hexavalente do ambiente se origina
de atividades antrópicas. É derivado da oxidação industrial de
depósitos de cromo e da combustão de combustíveis fósseis, madeira e
papel”.
O cromo pode ser obtido a partir da cromatita, de fórmula molecular (FeCr2O4).
Pode ser obtido para fins comerciais aquecendo-se a cromita em presença
de elementos como o alumínio ou o silício, através de um processo
conhecido como redução química. Atualmente, aproximadamente metade da
produção mundial deste mineral, a cromita, é extraída da África do Sul
com esta finalidade. Também a cromita existe em considerável quantidade
na ìndia e na Turquia.
“No ano 2000 foram produzidas aproximadamente 15 milhões de toneladas
de cromita, da qual a maior parte destina-se ao uso em ligas metálicas
(cerca de 70%) como, por exemplo, para a obtenção do ferrocromo, que é
uma liga metálica de crômio e ferro, com um pouco de carbono. Outra
parte (cerca de 15% aproximadamente) emprega-se diretamente como
material refratário e o restante, na indústria química para a obtenção
de diferentes compostos de crômio”.
O cromo existe na natureza sob a forma de três isótopos distintos,
que são o cromo-52, o cromo-53 e o cromo-54. Dentre eles o mais
abundante é o crômio-52, sendo que mais de 80% deste elemento
apresenta-se com essa configuração isotópica. Até o momento foram
caracterizados 19 radioisótopos de cromo, sendo dentre eles o de maior
estabilidade o cromo-50, com tempo de meia-vida (taxa de tempo em que a
metade da massa de um radioisótopo sobre decaimento, transmutando-se em
outro(s) elemento(s)), superior a 1,8 x 1017 anos.
Uma importante característica desse elemento está relacionada ao
mapeamento de meteoritos. “As variações nas relações de
crômio-53/crômio-52 e Mn/Cr em alguns meteoritos indicam uma relação
inicial de 53Mn/55Mn, sugerindo que as relações isotópicas Mn-Cr resultam do decaimento in situ de 53Mn em corpos planetários diferenciados. Portanto, o 53Cr fornece evidência adicional de processos nucleossintéticos anteriores à formação do sistema solar”.
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