7 de fev. de 2014

Cerâmica

Muito popular e presente em nosso cotidiano, e há muito tempo, é comum que não prestemos atenção a aspectos químicos ou históricos da cerâmica. Significando argila queimada, a cerâmica é produto final de produção de artefatos a partir da argila como matéria prima. Tratam-se de materiais de natureza inorgânica, sólida e não metálica, submetidos a altas temperaturas de manufatura. Quimicamente, apresenta geralmente constituição de óxidos metálicos, podendo conter também misturas iônicas.
Sem maiores detalhes, se pode classificar a cerâmica em dois grandes grupos, a cerâmica tradicional e a cerâmica de natureza avançada:
  • CERÂMICA TRADICIONAL: é aquela utilizada em revestimentos diversos, que vão desde azulejos até vasos para cultivo. Tijolos também são produzidos a partir desta cerâmica, assim como qualquer outro objeto que não requer uma maior sofisticação.
  • CERÂMICA AVANÇADA: são materiais de engenharia, obtidos a partir de uma matéria prima mais purificada, que pode ser a mesma que dá origem à cerâmica tradicional, mas está em um estado maior de pureza. Utiliza-se esse tipo de cerâmica, por exemplo, em tijolos refratários para churrasqueiras e alguns fornos.
Quanto a seu aspecto histórica, a cerâmica está entre os materiais manufaturados mais antigos que se tem notícia, datando de mais de 20.000 anos a.C., onde peças foram encontradas por arqueólogos na Checoslováquia. Também na região do Japão foram encontradas importantes peças muito antigas, as quais serviram para se conhecer a matéria prima utilizada na época para a fabricação de diversos instrumentos e utensílios. Nas culturas babilônicas e assírias também se encontram objetos elaborados a partir da argila cozida, em texturas de alto brilho, o que era conseguido a partir de óxidos metálicos, conforme ainda é utilizado hoje em dia. Na região brasileira já foram encontradas peças aproximadamente com essa data, em solo Amazônico, em formas mais rudimentares.
A aplicação da argila para o fabrico de objetos desde tempos remotos não se deve ao acaso. Sua capacidade de ser misturada à água, sob determinadas proporções, e então ser moldada e endurecida pelo aquecimento fez com que pudesse ser utilizada para diversos fins, desde a armazenagem de sólidos e líquidos, em um passado distante, até o seu trabalho mais elaborado, como se observa hoje em dia, em diversos objetos de decoração.
A indústria da cerâmica, após a Segunda Guerra Mundial, se desenvolveu com grande avidez, de modo que os preços dos objetos baixaram, tornando possível a utilização deste material por uma maior parcela da população. Novas tecnologias surgiram, e matérias primas de mais fácil obtenção fazem hoje da cerâmica um dos objetos manufaturados a partir fonte natural mais presentes em nossas vidas.
Há uma publicação especializada, a partir de uma associação, a respeito do tema, conforme pode ser visto:
“A Revista Cerâmica, órgão oficial da Associação Brasileira de Cerâmica (ABC) publica contribuições originais de interesse na área de cerâmica, compreendendo arte cerâmica, abrasivos, biocerâmicas, cerâmicas avançadas, cerâmica branca, cerâmica de mesa, cerâmica eletroeletrônica, cerâmica estrutural, cerâmica magnética, cerâmica nuclear, cerâmica óptica, cerâmica química, cerâmica termomecânica, cerâmica vermelha, cimento, compósitos de matriz cerâmica, materiais refratários, materiais de revestimento, matérias-primas, vidrados, vidros e vitrocerâmicas, análise microestrutural, ciência básica, instrumentação, processos de fabricação, síntese de pós, técnicas de caracterização etc”.

Fonte: http://www.infoescola.com/materiais/ceramica/

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