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21 de jun. de 2013

Feromônios , o Cheiro do Amor e a Isomeria Cis-Trans

Feromônios são substâncias químicas secretadas por um indivíduo e que permitem a sua comunicação com outros indivíduos da mesma espécie. A mensagem química transmitida pelos feromônios tem por objetivo estimular determinado comportamento, que pode ser de alarme, agregação, contribuição na produção de alimentos, defesa, ataque, acasalamento, etc.
O termo “feromônio” pode ser usado para indicar tanto uma substância em particular, como uma mistura de substâncias. Eles foram descobertos em 1950. Em 1959, o pesquisador alemão Butenandt conseguiu isolar e identificar o primeiro feromônio conhecido como bombicol ((10,12)-hexadecadien-1-ol), que é o feromônio da mariposa do bicho-da-seda Bombyx mori. Ele precisou matar 500 mil fêmeas desse inseto para obter apenas 1 mg da substância ativa.
Os insetos são os que mais liberam esse tipo de composto químico, mas eles não são os únicos; os mamíferos (como camundongos, preás, porcos, cães e até o ser humano) também realizam essa comunicação olfativa.
No entanto, normalmente cada espécie animal produz um feromônio diferente que é reconhecido somente pelos membros de sua própria espécie. Por exemplo, o feromônio liberado por uma cadela, quando ela está no cio, para atrair cães machos para o acasalamento, não atrai animais de outras espécies, como os porcos. Mas também não há seleção de raças, sendo que essa cadela atrairá os cães de qualquer raça por perto.
O feromônio nos cães não seleciona raça, somente espécie
No caso dos insetos, essa linguagem é ainda mais intraespecífica. Por exemplo, as formigas lava-pé não irão entender a linguagem de formigas-limão e vice-versa.
Os insetos, como as abelhas, as formigas e as moscas são exemplos notáveis do uso dos feromônios. Veja o caso das abelhas que, quando ocorre algum perigo, exalam no ar um feromônio que serve de alerta para as outras abelhas fugirem. A seguir temos a estrutura do feromônio de alarme da Appis melífera, que é um composto da função orgânica dos ésteres.
Estrutura do feromônio de alerta da abelha
A abelha também usa feromônios específicos para indicar a localização de água ou a rota para ir até o néctar das flores e retornar para a sua colmeia sem se perder no caminho. Isso é especialmente importante porque as abelhas enxergam a uma distância muito curta. Em dias de chuva e vento, muitas abelhas acabam morrendo, pois esse feromônio é uma substância química volátil, muito diluída e por isso a trilha pode ser desfeita. Abaixo temos o feromônio de trilha da Appis melífera, que é da função álcool.
Estrutura do feromônio de trilha da abelha
As formigas também possuem feromônios para alarme e para marcar o caminho até o formigueiro, como mostrado abaixo:
Exemplos de feromônios das formigas
Mas os feromônios mais estudados e que apresentam mais uso agrícola são os sexuais, excretados pela fêmea e em muitos casos também pelo macho, utilizados para atrair o parceiro para a cópula e assim preservar a espécie, através da procriação.
Um exemplo de atraente sexual excretado pelas fêmeas da mosca doméstica é o cis-9-tricoseno, mostrado a seguir. Seu isômero na forma trans não apresenta a propriedade de agir como feromônio.
  CH3 ─ (CH2)7 ─ C ═ C ─ (CH2)12 ─ CH3
│     │
H     H
Alguns insetos utilizam como feromônio de acasalamento o ácido tetradec-3,5-dienoico:
                                     H
                                      │
HOOC ─ CH2 ─ C ═ C ─ C ═ C ─ (CH2)7 ─ CH3
                              │             │      │
                              H            H      H

Observe que esse feromônio possui os hidrogênios dos carbonos 3 e 4 da dupla ligação na forma trans, um em cada lado do plano; enquanto que os hidrogênios dos carbonos 5 e 6 estão na forma cis. A troca de posição dos grupos ligados a uma dessas insaturações corresponderia a outra substância com propriedades diferentes e que não seria reconhecida pelo inseto.
A agricultura utiliza esses feromônios sexuais para livrar as plantações de determinados insetos. Isso é feito sintetizando o isômero correto do feromônio em laboratório e usando-o em armadilhas como isca para atrair os insetos e dificultar sua proliferação. Abaixo temos o exemplo do percevejo escuro Leptoglossus zonatus copulando depois da liberação de feromônios sexuais. Esse inseto é considerado uma das maiores pragas do milho no Brasil.
Percevejo escuro copulando, resultado de uma atração efetuada por feromônios sexuais
Esse método tem muitas vantagens econômicas e ecológicas, pois essas substâncias são inofensivas ao ser humano e evitam o uso de inseticidas, preservando o meio ambiente.
Entre os seres humanos, os feromônios estão presentes nas mulheres, que regulam seu ciclo menstrual de acordo com outras mulheres com as quais convivem.

12 de jun. de 2013

A Química do Amor


O que é o amor?
O amor é uma experiência que consome. É exatamente por isso que a sensação de amar costuma ser tão forte e intensa. A Dra. Donatella Marazziti, psiquiatra da Universidade de Pisa, na Itália, explica que o amor está ligada aos baixos níveis cerebrais de serotonina, uma substância química fabricada pelo corpo que nos ajuda a lidar com situações estressantes.
A paixão dura um tempo, sim.
Segundo a professora Cindy Hazan, da Universidade Cornell de Nova Iorque, existe sim um limite de tempo para homens e mulheres se sentirem apaixonados. “Seres humanos são biologicamente programados para se sentirem apaixonados durante 18 a 30 meses”. De acordo com uma pesquisa feita pela professora, em que 5.000 pessoas de 37 culturas diferentes foram entrevistadas, o amor possui um tempo de vida longo o suficiente para que o casal se conheça, copule e produza uma criança. “Em termos evolucionários, não necessitamos de corações palpitantes e suores frios nas mãos”, complementa Hazan.
Homens se apaixonam mais fácil
 
Dopamina, feniletilamina e ocitocina são apontadas como outras substâncias relacionadas às manifestações do Amor. Apesar de serem produtos químicos comuns no corpo humano, só são encontrados juntos durante as fases iniciais do flerte e, com o tempo, o organismo vai se tornando resistente aos efeitos e é, exatamente nesse ponto, que toda a loucura da paixão desvanece gradativamente.
Os homens são mais susceptíveis à ação dessas substâncias e, por isso, se apaixonam mais fácil que as mulheres.
Qual é a Fórmula do Amor?
Para os cientistas, os seres humanos podem se comunicar com sinais bioquímicos inconscientes, através de feromônios, substância encontrada em diversas espécies como borboletas, formigas, lobos e elefantes, e que sinaliza interesses sexuais, situações de perigo e outros.
Alguns estudiosos acreditam que vem daí a sensação de “amor à primeira vista”. Os feromônios – atestam – produzem reações químicas que resultam em sensações prazerosas. À medida em que vamos nos tornando dependentes, a cada ausência mais prolongada nos dizemos “apaixonados” – a ansiedade da paixão. Com ou sem feromônios, é fato que a sensação de “amor à primeira vista” relaciona-se significativamente a grandes quantidades de feniletilamina, dopamina e norepinefrina no organismo.
O amor por cima das teorias
Apesar de todas as pesquisas e descobertas, existe no ar uma sensação de que a evolução, por algum motivo, modificou nossos genes permitindo que o amor não-associado à procriação surgisse. Isso aconteceu principalmente por conta da necessidade de estabelecer famílias e comunidades, que deve ter começado há aproximadamente 10.000 anos.
Desta forma, surgiram manifestações mais brandas de amor – companheirismo, afeto e tolerância – e outros estímulos à paixão. Nada impede de nos apaixonarmos mais de uma vez pela mesma pessoa.
A ciência explica, mas a vida ensina…

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