Composto inorgânico de fórmula química CaCO3, o carbonato de cálcio é um sal praticamente insolúvel em água, porém, solúvel em água que contenha gás carbônico, obedecendo à reação:
A reação acima descrita é responsável pela formação de carvenas de calcário, nas quais são encontradas estruturas de carbonato de cálcio superiores, conhecidas como estalactites, e inferiores, que recebem o nome de estalagmites.
No seu estado puro, o carbonato de cálcio é um composto sólido, tem
forma de pó fino cristalino, de cor branca, inodoro, de propriedades
alcalinas, decomposto a uma temperatura de 470°C, de densidade de 2,65
g/cm³, estável, não inflamável, não corrosivo, não bioacumulativo e
atóxico.
O carbonato de cálcio está presente em grandes quantidades na natureza,
sendo o principal componente do calcário e do mármore, também pode ser
encontrado na argonita, na calcita e na casca do ovo. Pelo fato de não
ser solúvel em água, é encontrado no mar como componente dos esqueletos
das conchas e dos corais. No cotidiano, pode ser percebida a formação do
carbonato de cálcio na pintura de paredes com cal extinta [Ca(OH)2],
processo que recebe o nome de caiação. Após a caiação, a cal extinta
reage com o gás carbônico da atmosfera, dando origem a uma película
desse sal.
O carbonato de cálcio é uma das matérias primas necessárias à
fabricação do cimento, do aço e do vidro. Na vinicultura, é usado para
diminuir a acidez do vinho, e na agricultura, para corrigir a acidez do
solo (calagem). É adicionado aos cremes dentais, agindo como abrasivo, e
aos medicamentos usados no tratamento de doenças provocadas pela
deficiência de cálcio, como a osteoporose.
É também um dos principais insumos usados no Processo Solvay, um
processo industrial criado pelo químico industrial belga Ernest Solvay
em meados do século XIX destinado à obtenção do carbonato de sódio
(Na2CO3).
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