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26 de set. de 2013

Refrigerantes

Quimicamente, pode-se definir um refrigerante como uma bebida fabricada industrialmente, não alcoólica (não pode apresentar o etanol em sua formulação) e não fermentada (não pode utilizar organismos vivos em seu preparo). Sua base de composição deve ser água e açúcar, sendo que nessa mistura homogênea demais componentes são adicionados, como aromas e gás carbônico.
O consumo de refrigerante no Brasil é hoje destacado em nível mundial, e vem aumentando ano após ano. “O Brasil é o terceiro produtor mundial de refrigerantes, depois dos Estados Unidos e México. Contudo, o consumo per capita é da ordem de 69 L por habitante por ano, o que coloca o país em 28º lugar nesse aspecto. A Coca-Cola e a Pepsi detêm ¾ do mercado mundial, avaliado em cerca de US$ 66 bilhões anuais. Entre 1988 e 2004, o mercado nacional cresceu 165%, verificando-se também um aumento da participação de refrigerantes regionais (de 9% para 32%). A Coca-Cola e a Companhia de Bebidas das Américas (AmBev) detinham, em 2004, 68% do mercado”1.
No que se refere às consequências fisiológicas do consumo diário de refrigerantes, a maioria dos especialistas adverte a riscos potencialmente complexos, destacando-se aqueles que apresentam a cafeína em sua composição. “Passados 60 minutos do consumo, as propriedades diuréticas da cafeína entram em ação. Você urina. Agora é garantido que porá para fora cálcio, magnésio e zinco, dos quais seus ossos precisariam. Conforme a onda abaixa, você sofrerá um choque de açúcar. Ficará irritadiço. Você já terá posto para fora tudo que estava no refrigerante, mas não sem antes ter posto para fora, junto, coisas que farão falta ao seu organismo”2.
Os principais componentes encontrados em um típico refrigerante são:
  1. Água: São realizados tratamentos diversos para garantir a qualidade da água a ser utilizada, incluindo sua baixa alcalinidade e concentração aceitável de íons, bem como padrões microbiológicos adequados.
  2. Açúcar: O sabor adocicado da grande maioria dos refrigerantes se deve a uma adição de açúcar, a qual gira em torno de 10% em relação à massa total do produto. Além disso, traz boa parte das calorias encontradas no refrigerante por meio da molécula da sacarose, o açúcar normalmente utilizado.
  3. Xarope: É o produto que concentra as características organolépticas do refrigerante (sabor, odor e coloração). Geralmente são óleos essenciais obtidos de frutos ou ervas.
  4. Acidulantes: Reduzem o pH da bebida (variando de 2 a 4), ou seja, a torna mais ácida. Entretanto, realçar o sabor do refrigerante é também um importante critério de escolha do acidulante.
  5. Antioxidantes: Vários componentes do refrigerante são suscetíveis à oxidação, como ésteres e aldeídos presentes nos óleos essenciais, tornando-se necessário a inserção de componentes químicos responsáveis pela antioxidação, como o ácido ascórbico.
  6. Conservantes: São compostos que inibem o desenvolvimento de microorganismos capazes de alterar características básicas do refrigerante. Geralmente os ácidos benzóico e sórbico são utilizados para esse fim.
  7. Edulcorantes: Em bebidas de baixo teor calórico são utilizados compostos químicos conhecidos como edulcorantes em substituição à sacarose, mantendo todas as suas propriedades inalteradas, com exceção de sua dosagem de açúcar.
  8. Gás carbônico: A gaseificação do refrigerante é promovida pela adição de CO2, o qual realça o paladar e melhora a aparência da bebida.
Fonte:  http://www.infoescola.com/quimica/refrigerantes/

11 de ago. de 2013

Composição e Aplicações da Vitamina C

O nome químico da vitamina C é ácido L-ascórbico, ou simplesmente ácido ascórbico. Esse nome transmite os papeis químicos e biológicos desse composto. O aspecto químico está em que ele é ácido, pois contém em sua estrutura um grupo hidróxi-fenólico. O grupo fenólico ligado ao terceiro carbono da cadeia sofre ionização em solução aquosa, como mostrado abaixo, liberando o íon hidroxônio (HO+), que é característico do comportamento ácido:

Primeira ionização do ácido L-ascórbico

Já a palavra “ascórbico” vem da sua propriedade biológica de combater a doença chamada escorbuto. E o “L” vem do fato de que o ácido ascórbico possui um centro assimétrico no carbono 5, tendo atividade óptica. Porém, a sua atividade antiescorbútica deriva quase que totalmente do isômero L (levogiro), que tem uma rotação específica em água de 24°.

Fórmula do ácido ascórbico

O ácido ascórbico foi isolado pela primeira vez pelo pesquisador húngaro Szent-Györgi em 1922, como um pó cristalino branco.

O ser humano e outros animais, como o macaco, alguns pássaros e alguns peixes, não conseguem sintetizar a vitamina C. A deficiência dessa vitamina no organismo leva à síntese defeituosa do tecido colagenoso e à doença mencionada, o escorbuto.

Entre as principais fontes de vitamina C, temos as frutas frescas, tais como cereja-do-pará, caju, goiaba, groselha negra, manga, laranja, acerola, tomate, entre outras. A batata também é uma ótima fonte de vitamina C, bem como o pimentão e vegetais folhosos (bertalha, brócolis, couve, nabo, folhas de mandioca e inhame).

Alimentos que são fontes de vitamina C

Falamos “frutas frescas” porque a vitamina C pode ser destruída parcial ou completamente durante longos períodos de armazenagem. Por exemplo, a cada mês armazenada, a batata perde 15% de sua vitamina C. Além disso, o calor também pode destruí-la. Alimentos cozidos por muito tempo e alimentos que foram submetidos a processamento industrial contêm pouca vitamina C. No caso da batata, se ela for cozida sem a casca, perderá imediatamente de 30% a 50% de sua propriedade.

Uma das principais propriedades do ácido ascórbico é sua capacidade de atuar como agente redutor. Visto que ele tem uma facilidade excepcional para ser oxidado em solução aquosa, é um poderoso agente antioxidante, pois ele pode se oxidar no lugar de outros compostos.

Por exemplo, no dia a dia quando cortamos determinadas frutas, tais como a pera, a banana e a maçã, com o tempo elas escurecem. Isso acontece porque essas frutas possuem a enzima polifenol oxidase, que causa a oxidação enzimática de compostos fenólicos naturais na presença do oxigênio molecular, formando quinonas. Elas sofrem polimerização e geram as melaninas, que são exatamente os pigmentos escuros e insolúveis que vemos se formar nessas frutas.

Reação de oxidação de compostos fenólicos catalisada pela polifenol oxidase

Uma das formas de inibir a ação da enzima polifenol oxidase é a adição do ácido ascórbico. Isso é feito, por exemplo, quando colocamos um suco de laranja na salada de frutas.

Na presença de oxigênio e de um catalisador, o ácido ascórbico se oxida, tornando-se o ácido dehidroascórbico. Esse ácido possui pH abaixo de 4, e um abaixamento do pH do tecido da fruta causa a diminuição da velocidade da reação de escurecimento. Em pH abaixo de 3, não há nenhuma atividade enzimática.

Oxidação do ácido ascórbico ao ácido dehidroascórbico

Essa propriedade da vitamina C é muito usada na indústria de alimentos para impedir o aparecimento de sabor desagradável, de toxidez e por questões econômicas, visto que se estima que em torno de 50% da perda de frutas tropicais no mundo ocorre em razão da enzima polifenol oxidase.

Em virtude de seu papel antioxidante, a vitamina C é usada também em cosméticos. Sua aplicação tópica através desses cosméticos permite alcançar níveis que não são possíveis apenas com a ingestão oral de vitamina C. Ela protege a pele contra os raios UV e contra os radicais livres que levam ao envelhecimento precoce.

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