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11 de ago. de 2013

Composição e Aplicações da Vitamina C

O nome químico da vitamina C é ácido L-ascórbico, ou simplesmente ácido ascórbico. Esse nome transmite os papeis químicos e biológicos desse composto. O aspecto químico está em que ele é ácido, pois contém em sua estrutura um grupo hidróxi-fenólico. O grupo fenólico ligado ao terceiro carbono da cadeia sofre ionização em solução aquosa, como mostrado abaixo, liberando o íon hidroxônio (HO+), que é característico do comportamento ácido:

Primeira ionização do ácido L-ascórbico

Já a palavra “ascórbico” vem da sua propriedade biológica de combater a doença chamada escorbuto. E o “L” vem do fato de que o ácido ascórbico possui um centro assimétrico no carbono 5, tendo atividade óptica. Porém, a sua atividade antiescorbútica deriva quase que totalmente do isômero L (levogiro), que tem uma rotação específica em água de 24°.

Fórmula do ácido ascórbico

O ácido ascórbico foi isolado pela primeira vez pelo pesquisador húngaro Szent-Györgi em 1922, como um pó cristalino branco.

O ser humano e outros animais, como o macaco, alguns pássaros e alguns peixes, não conseguem sintetizar a vitamina C. A deficiência dessa vitamina no organismo leva à síntese defeituosa do tecido colagenoso e à doença mencionada, o escorbuto.

Entre as principais fontes de vitamina C, temos as frutas frescas, tais como cereja-do-pará, caju, goiaba, groselha negra, manga, laranja, acerola, tomate, entre outras. A batata também é uma ótima fonte de vitamina C, bem como o pimentão e vegetais folhosos (bertalha, brócolis, couve, nabo, folhas de mandioca e inhame).

Alimentos que são fontes de vitamina C

Falamos “frutas frescas” porque a vitamina C pode ser destruída parcial ou completamente durante longos períodos de armazenagem. Por exemplo, a cada mês armazenada, a batata perde 15% de sua vitamina C. Além disso, o calor também pode destruí-la. Alimentos cozidos por muito tempo e alimentos que foram submetidos a processamento industrial contêm pouca vitamina C. No caso da batata, se ela for cozida sem a casca, perderá imediatamente de 30% a 50% de sua propriedade.

Uma das principais propriedades do ácido ascórbico é sua capacidade de atuar como agente redutor. Visto que ele tem uma facilidade excepcional para ser oxidado em solução aquosa, é um poderoso agente antioxidante, pois ele pode se oxidar no lugar de outros compostos.

Por exemplo, no dia a dia quando cortamos determinadas frutas, tais como a pera, a banana e a maçã, com o tempo elas escurecem. Isso acontece porque essas frutas possuem a enzima polifenol oxidase, que causa a oxidação enzimática de compostos fenólicos naturais na presença do oxigênio molecular, formando quinonas. Elas sofrem polimerização e geram as melaninas, que são exatamente os pigmentos escuros e insolúveis que vemos se formar nessas frutas.

Reação de oxidação de compostos fenólicos catalisada pela polifenol oxidase

Uma das formas de inibir a ação da enzima polifenol oxidase é a adição do ácido ascórbico. Isso é feito, por exemplo, quando colocamos um suco de laranja na salada de frutas.

Na presença de oxigênio e de um catalisador, o ácido ascórbico se oxida, tornando-se o ácido dehidroascórbico. Esse ácido possui pH abaixo de 4, e um abaixamento do pH do tecido da fruta causa a diminuição da velocidade da reação de escurecimento. Em pH abaixo de 3, não há nenhuma atividade enzimática.

Oxidação do ácido ascórbico ao ácido dehidroascórbico

Essa propriedade da vitamina C é muito usada na indústria de alimentos para impedir o aparecimento de sabor desagradável, de toxidez e por questões econômicas, visto que se estima que em torno de 50% da perda de frutas tropicais no mundo ocorre em razão da enzima polifenol oxidase.

Em virtude de seu papel antioxidante, a vitamina C é usada também em cosméticos. Sua aplicação tópica através desses cosméticos permite alcançar níveis que não são possíveis apenas com a ingestão oral de vitamina C. Ela protege a pele contra os raios UV e contra os radicais livres que levam ao envelhecimento precoce.

17 de jun. de 2013

Composição do Ar Atmosférico

A atmosfera, camada gasosa que envolve a terra, é composta por diversos gases, vapores, microrganismos e outras partículas. Alguns destes componentes são sempre encontrados no ar e constituem quase a sua totalidade, sendo, portanto denominados componentes constantes. Outros não aparecem de forma tão frequente quanto os primeiros e sua presença na atmosfera depende de alguns fatores (clima, ventos, poluição) e, por isso, são denominados componentes variáveis do ar.

Componentes constantes do ar

Nitrogênio – 78% do ar atmosférico são compostos pelo gás nitrogênio (N2), sendo, portanto, o componente mais abundante do ar. Este gás é formado pela união de dois átomos de nitrogênio e é o mais leve de todos os gases que se conhece: sua densidade pode ser até 14 vezes menor do que a do ar, o que explica sua abundância.
Oxigênio – Este gás aparece na atmosfera numa proporção de aproximadamente 21%. O gás oxigênio (O2) é indispensável à respiração celular: ao ser inspirado, ele é levado até todas as células do organismo e reage com a glicose (C6H12O6), produzindo água (H2O), gás carbônico (CO2) e a energia necessária à realização de todas as atividades do corpo. As plantas produzem oxigênio durante a fotossíntese (num mecanismo praticamente inverso à respiração celular), liberando-o à atmosfera. Além disso, o oxigênio também é o principal comburente, ou seja, ele “alimenta” o processo de combustão.
Gás carbônico (ou dióxido de carbono) – Este gás é um dos produtos da respiração celular, sendo liberado ao ambiente. As plantas utilizam o gás carbônico no processo de fotossíntese, produzindo a partir dele a sua reserva de carboidrato. Um das causas do efeito estufa é o excesso deste gás na natureza, o que se deve à queima de combustíveis fósseis, os combustíveis formados pela decomposição da matéria orgânica (petróleo, carvão e gás natural).
Gases nobres – também conhecidos como gases raros, os gases nobres pertencem ao grupo 18 da tabela periódica, cujos membros são: hélio (He), neônio (Ne), argônio (Ar), criptônio (Kr), xenônio (Xe) e radônio (Rn). Estes gases são os componentes menos abundantes da atmosfera.

Componentes variáveis do ar

Vapor d’água – O vapor d’água é proveniente da evaporação das águas dos oceanos, rios e lagos pelo calor solar, e sua quantidade presente no ar atmosférico varia de acordo com a temperatura, a região do planeta, a estação do ano, entre outros fatores. Alguns fenômenos importantes à vida se devem ao vapor d’água, como a formação das nuvens, a chuva e a neve.
Fuligem – a fuligem é um material espesso formada por átomos de carbono ligados desordenadamente, e é resultante da combustão incompleta de compostos orgânicos, como, por exemplo, combustíveis fósseis, tabaco, madeira, entre outros. Tal substância pode causar danos à saúde humana, em especial, problemas respiratórios.
Poeira – também conhecida como pó, a poeira consiste num conjunto de partículas sólidas lançadas no ar por meio de ventos, demolições, erosão do solo, desgastes de materiais. Os grãos de pólen, fiapos de algodão, lã, poeira de carvão, pó de rocha e pó de materiais de construção são alguns exemplos de poeira.
Microrganismos – na atmosfera, os microrganismos estão presentes em grandes quantidades. Normalmente, eles se encontram associados à poeira e são causadores de diversas doenças, entre elas a gripe, tuberculose, pneumonia e tétano.


25 de jan. de 2013

Composição Química do Chocolate

http://hypescience.com/wp-content/uploads/2011/08/chocolate-gostoso1.jpg 
O chocolate é um alimento amado pela maioria das pessoas, sendo que para muitos, principalmente as mulheres, ele é considerado irresistível. Outros, porém, precisam evitá-lo, alguns dizem que ele vicia e que faz engordar. Para ver se essas alegações são realmente verdadeiras e quais são os benefícios e malefícios de se comer chocolate, é importante sabermos quais são os principais componentes desse produto.
O chocolate consiste de 8% de proteínas, 60% de carboidratos e de 30% de gorduras. Como se pode ver, a quantidade de gorduras se encontra num limite superior ao que é desejável para um alimento. Isso pode ser traduzido em altas calorias, por exemplo, uma barra de chocolate de 100 g fornece 520 calorias. Os menos calóricos são o amargo e o meio amargo, seguidos pelo ao leite e, por último, o chocolate branco. Para não engordar, o recomendado é ingerir apenas 25 a 30 g ao dia, no máximo três vezes por semana.
Essa gordura ou manteiga de cacau é essencialmente saturada e não conduz a um aumento dos níveis de colesterol.
Mas, o chocolate também fornece minerais (potássio, cloro, fósforo, cálcio, sódio, magnésio, ferro, cobre e zinco)e vitaminas (A, B1, B2, B3 e E, só não contém as vitaminas C e D). É por isso que ele é usado como porção alimentar de soldados e exploradores em situações de emergência.  
Existem mais de 300 substâncias químicas no chocolate, porém, há três substâncias especiais que queremos chamar a atenção. Elas não são nutritivas, mas nos afetam e estão intimamente relacionadas com as indagações feitas anteriormente, como a dúvida se o chocolate realmente vicia.
As três substâncias são: feniletilamina, ácido oxálico e cafeína.
  • Feniletilamina (PEA, do inglês Phenylethylamine):
Fórmula estrutural da feniletilamina
 Essa é a substância responsável por provocar a sensação de bem-estar em nosso cérebro, pois ela pode acionar a liberação de dopamina, substância química do cérebro que causa a sensação de felicidade.
É verdade que o chocolate pode causar enxaqueca em algumas pessoas e isso se deve a essa substância, porque ela constringe as paredes dos vasos sanguíneos do cérebro. O corpo humano possui uma enzima (monoamina oxidase) que elimina a PEA, quando o corpo da pessoa não consegue produzir uma quantidade suficiente dessa enzima para evitar o aumento de PEA no organismo, há a enxaqueca.
  • Ácido oxálico:
Fórmula estrutural do ácido oxálico
Em cada 100 g de cacau há 500 mg dessa substância. Ela está presente em muitos outros alimentos como o ruibarbo. Se ingerido em doses acima de 1500 mg, ele pode até matar. O ácido oxálico reage com os metais essenciais como o ferro, o magnésio e o cálcio, presentes no alimento e impede que eles nutram o corpo.
O ácido oxálico mata pela diminuição abaixo do nível tolerado de cálcio em nosso organismo.
Mesmo em doses não letais, o ácido oxálico é perigoso porque ele forma oxalato de cálcio, que é insolúvel, que pode crescer na forma de pedras dolorosas na bexiga e nos rins.
  • Cafeína:
Fórmula estrutural da cafeína
O chocolate contém um pouco de cafeína que dá a sensação de recuperarmos nossas energias e também possui efeitos medicinais.

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