O clorofluorcarboneto, também conhecido como CFC ou cloro-fluor-carbono, é um composto sintético, gasoso e atóxico que pode ser utilizado como solvente,
propelente (gás usado em sprays), expansor de plásticos, e como
refrigerante em freezers, aparelhos de ar condicionado e geladeiras.
O CFC é tido como o principal causador do buraco na camada de ozônio e
desde a descoberta de sua toxicidade na atmosfera (onde pode permanecer
por até 75 anos antes de ser destruído), são feitas tentativas de banir
o uso do produto.
Estima-se que o CFC seja 15.000 vezes mais nocivo a camada de ozônio do que o dióxido de carbono
(CO2). (CENAMO, 2004). Isso porque ao ser liberado na atmosfera o CFC
se concentra na estratosfera (onde fica a camada de ozônio) e sofre uma
reação chamada fotólise: quando submetido à radiação ultravioleta proveniente do sol o CFC se decompõe liberando o radical livre cloro (Cl) que reage com o ozônio decompondo-o em oxigênio gasoso (O2) e monóxido de cloro (OCl).
O CFC se decompõe liberando o radical livre cloro (Cl):
O cloro então reage com o ozônio formando oxigênio gasoso e monóxido de cloro:
Cl + O3 -> O2< + OCl
O monóxido de cloro reage novamente com o ozônio liberando mais duas
moléculas de oxigênio gasoso e uma de cloro que reagirá novamente com o
ozônio em um ciclo que se repete até que o cloro finalmente se una a uma
substância
mais densa que o leve para camadas mais baixas da atmosfera impedindo-o
de reagir, ou então, com alguma substância com a qual forme uma ligação
forte o suficiente para resistir a fotólise.
OCl + O3 -> 2O2 + Cl
O CFC começou a ser produzido em 1928 como alternativa promissora na
substituição de outros gases refrigerantes. Parecia que a General
Motors, criadora do produto, tinha descoberto uma mina de ouro: os CFC`s
eram fáceis de estocar, de produção barata, estáveis e ainda, bastante
versáteis. Sua aplicação se estendia desde a refrigeração, até o uso como solvente.
Em 1974, entretanto, os químicos norte-americanos Sherwood Roland e
Mario Molina descobriram que o CFC, embora completamente inofensivo para
nós, fazia estragos enormes na camada de ozônio. Assim, em 1978, o CFC,
que depois passou a ser conhecido também como “Freon” marca criada pela
Dupont, começou a ser relacionado com a destruição da camada de ozônio.
Entretanto, as opiniões estavam ainda bastante divididas e o consumo dos CFC`s no mundo
somente crescia até que, em 1987, 150 cientistas de quatro países foram
em uma expedição até a Antártida e confirmaram que a concentração de
monóxido de cloro sobre a região era cem vezes maior que em qualquer
outro lugar do planeta.
Nesse ínterim foi realizada, em 1985, a “Convenção de Viena
para a Proteção da Camada de Ozônio” que, junto com as descobertas dos
pesquisadores na Antártida, culminou com a assinatura, em 16 de setembro
de 1987, do Protocolo de Montreal
onde ficou acordado o banimento gradativo do CFC e sua substituição por
outros gases que não agredissem a camada de ozônio. O Brasil aderiu ao
Protocolo de Montreal em 1990 com a meta de banir o CFC até 2010.
Devido à assinatura do Protocolo de Montreal, o dia 16 de setembro é considerado o Dia Mundial de Proteção à Camada de Ozônio.
Hoje em dia sabe-se que existem outros produtos químicos que também agridem a camada de ozônio como o metil clorofórmio
e o brometo de metila. Até mesmo alguns dos substitutos do CFC são
considerados prejudiciais a camada de ozônio porém em escala bem menor.
Alguns tipos de CFC e seus substitutos (CETESB):
CFC –> Substituto
CFC-11 (triclorofluormetano) –> HCGC-123
CFC-12 (Diclorodifluormetano) –> HCFC-134a; R-401A; R-401B; R-409A.
R-13/R-503 –> R-508B
CFC-114 –> HCFC-123; HCFC-124.
R-502 –> R-402A; R-408A; R-404A; R-507C; HCFC-22.
CFC-12 (Diclorodifluormetano) –> HCFC-134a; R-401A; R-401B; R-409A.
R-13/R-503 –> R-508B
CFC-114 –> HCFC-123; HCFC-124.
R-502 –> R-402A; R-408A; R-404A; R-507C; HCFC-22.
Outros tipos de substâncias que destroem a camada de ozônio (Decreto Estadual N. 41.629 de 10/03/97, São Paulo):
CFC-11 (triclorofluormetano)
CFC-12 (Diclorodifluormetano)
CFC-113 (1.1.2-Tricloro-1.2.2-trifluoretano)
CFC-114 (1.2-Diclorotetrafluoretano)
CFC-115 (Cloropentafluoretano)
Halon 1211 (Bromoclorodifluormetano)
Halon 1301 (Bromotrifluormetano)
Halon 2402 (Dibromotetrafluoretano)
CFC-13 (Clorotrifluormetano)
CFC-111 (Pentaclorofluoretano)
CFC-112 (Tetraclorodifluoretano)
CFC-211 (Heptaclorofluorpropano)
CFC-212 (Hexaclorodifluorpropano)
CFC-213 (Pentaclorotrifluorpropano)
CFC-214 (Tetraclorotetrafluorpropano)
CFC-215 (Tricloropentafluorpropano)
CFC-216 (Diclorohexafluorpropano)
CFC-217 (Cloroheptafluorpropano)
CCl 4 (Tetracloreto de carbono)
CFC-12 (Diclorodifluormetano)
CFC-113 (1.1.2-Tricloro-1.2.2-trifluoretano)
CFC-114 (1.2-Diclorotetrafluoretano)
CFC-115 (Cloropentafluoretano)
Halon 1211 (Bromoclorodifluormetano)
Halon 1301 (Bromotrifluormetano)
Halon 2402 (Dibromotetrafluoretano)
CFC-13 (Clorotrifluormetano)
CFC-111 (Pentaclorofluoretano)
CFC-112 (Tetraclorodifluoretano)
CFC-211 (Heptaclorofluorpropano)
CFC-212 (Hexaclorodifluorpropano)
CFC-213 (Pentaclorotrifluorpropano)
CFC-214 (Tetraclorotetrafluorpropano)
CFC-215 (Tricloropentafluorpropano)
CFC-216 (Diclorohexafluorpropano)
CFC-217 (Cloroheptafluorpropano)
CCl 4 (Tetracloreto de carbono)
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