Produto
utilizado diretamente no caldo misto para o processo de Fabricação de
Açúcar Cristal, que tem a finalidade reduzir a cor do caldo e controlar a
formação de substâncias coloidais.
Os ônibus usam óleo diesel como
combustível, cuja combustão gera inúmeros poluentes agressivos à saúde,
sobretudo o dióxido de enxofre (SO2). Os efeitos na saúde são bronquites, dores de cabeça, inflamações na pleura e câncer dos pulmões. O SO2, é um dos responsáveis pela chuva ácida, que devolve ao solo e às águas a poluição lançada no ar.
A chuva ácida afeta a saúde, prejudica a agricultura e danifica automóveis e fachadas de prédios. O efeito estufa, ou aquecimento global
do planeta, pode derreter parte das calotas polares, elevar o nível dos
mares e inundar os países mais baixos. É provocado pela emissão de
gases poluentes, entre os quais o dióxido de carbono (CO2), gerado pela queima de combustíveis fósseis e pelas queimadas de florestas, e o SO2.
Os ecologistas reivindicam a dessulfurização - procedimento químico
adotado em vários países do mundo, e que retira o enxofre do diesel.
No Brasil, há inclusive uma
justificativa econômica para a adoção deste procedimento: poder-se-ia
substituir o enxofre importado, usado por indústrias químicas e como
corretivo de solos, pelo enxofre retirado do diesel, além de haver
ganhos para a saúde e para o planeta. Esse procedimento praticamente não
é adotado no Brasil e, só depois de muita luta a Petrobrás implantou o Programa
de Diesel Metropolitano. Trata-se de uma seleção de óleos de mais baixo
teor de enxofre para os ônibus e caminhões das capitais com maior
poluição atmosférica. O padrão máximo que o Brasil tolera de
concentração de enxofre no óleo diesel é de 0,5 parte por 100, enquanto a
Alemanha utiliza um padrão dez vezes mais restritivo: 0,05 parte por
100, seguindo as recomendações da Convenção sobre Alterações Climáticas
do RIO-92 e devido às pressões dos ambientalistas europeus. A partir de
1997, o padrão para as cinco maiores metrópoles do Brasil passou a ser
de 0,3 parte de enxofre por 100, mas o controle e o monitoramento do ar
são precários.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Produto químico de coloração amarelo
esverdeado, forma física de cristais de forma rômbica ou monoclínica,
pequenas pedras ou pó, facilmente inflamável, comercializado à granel.
Sulfitação
A Sulfitação consiste em promover o contato do caldo com o gás anidrido sulfuroso (SO2). Sua absorção ocorre nas colunas de sulfitação e tem por finalidade:
- redução do pH, auxiliando a precipitação e remoção de proteínas do caldo;
- diminuição da viscosidade do caldo e consequentemente do xarope, massas cozidas e méis;
- formação de complexos com os
açúcares redutores, impedindo a sua decomposição e controlando a
formação de compostos coloridos em alcalinidade alta;
- preservação do caldo contra alguns microrganismos;
- prevenção do amarelecimento do açúcar cristal branco, por algum tempo, durante o armazenamento;
Nota: Para a produção de Açúcar tipo VVHP não é utilizado a etapa de sulfitação.
Dentre todas as funções da sulfitação, a mais importante fica por conta de sua ação inibidora da formação de cor.
Operacionalmente é feito o registro de pH do caldo sulfitado para controle e são usuais valores entre 4,7 e 5,2.
A queima do enxofre é realizada em
forno rotativo, onde pequenas quantidades de enxofre são introduzidas
no forno, que apresenta grande superfície de combustão, fundindo-se pelo
próprio calor de combustão e passa à câmara, completando-se a oxidação,
o ar é introduzido entre o forno e a câmara. Esse aparelho possui
dispositivo que evita a sublimação do enxofre, o gás que sai desse forno
entra em uma coluna com bandejas perfuradas e em contra corrente com o
caldo, que sai por baixo da coluna já sulfitado.
O gás sulfuroso é obtido pela
combustão direta do enxofre sólido. Como esta reação se processa com
excesso de ar e sendo este ar úmido, pode ocorrer a reação complementar
de formação de gás SO3, precursor da formação de ácido sulfúrico.
A reação complementar se processa
idealmente entre 400 e 500°C, portanto, o resfriamento rápido do gás de
combustão a valores abaixo de 200°C, logo após a sua formação, minimiza a
formação de SO3, que além de permitir a formação de ácido sulfúrico (H2SO4)
responsável por corrosão das partes metálicas dos equipamentos,
permitirá, em reação com a cal, a formação do sulfato de cálcio (CaSO4), o qual é mais solúvel do que o sulfito de cálcio (CaSO3), sendo o primeiro e principal causador de incrustações nos evaporadores. A formação de SO3 acarreta: aumento dos teores de sais no caldo e consumo adicional de enxofre.
O processo deve então ser conduzido no sentido de favorecimento da formação do SO2, que na reação com a cal formará sulfito de cálcio (CaSO3), muito menos solúvel que o sulfato de cálcio (CaSO4) e que, por isso, precipitará, sendo removido na decantação.
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