A nitroglicerina,
explosivo de alto poder de detonação, apresenta uma grave desvantagem
em relação a qualquer outro explosivo: é altamente instável ao
manuseio, ou seja, apresenta a sua manipulação e seu transporte muito
dificultosos. Esse problema praticamente impediu o uso da nitroglicerina
durante muito tempo, mesmo muitos homens morreram tentando encontrar uma solução. Esse problema fora resolvido pelo químico sueco Alfred Nobel, homenageado no Prêmio Nobel.
Nobel, por muitos anos trabalhava com a nitroglicerina, que na época era unicamente produzida a partir do glicerol e do ácido nítrico.
Nessa época já eram muito frequentes os acidentes com o explosivo,
incluindo aquele que teria tirado a vida de seu irmão Emil Nobel. As
autoridades viriam a suspender todos os testes com a nitroglicerina por
não encontrarem formas de manipulação segura.
A solução para esse problema seria encontrada por Nobel em
1864, a experimentar adicionar à nitroglicerina alguns aditivos e
substâncias mais diversas, até que um tipo de argila viria a promover a
estabilidade necessária
à nitroglicerina, transformando um líquido altamente instável em um
composto sólido e maleável. Já no ano seguinte Nobel patenteou a sua
descoberta com a denominação de dinamite, a qual se assemelha muito à dinamite utilizada atualmente, sobretudo no meio da construção civil.
E essa era a utilização da dinamite prevista por Nobel, única utilização. Mas logo a sua intenção fora ignorada. Na segunda guerra mundial
a dinamite foi utilizada como uma arma altamente mortal. Nobel percebeu
que seu nome estaria para sempre associado a quem produziu um explosivo
extremamente mortal. Para amenizar a situação, criou então um instituto
para promover a paz planetária, o qual hoje distribui prêmios àqueles
que se destacam em várias áreas. Dessa forma, percebe-se que algumas
vezes a intencionalidade inicial não corresponde à execução de uma
atividade, o que pode ocorrer na esfera das ciências ou em qualquer
outra de nossa sociedade.
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