O elemento químico flúor, de número atômico 9 (Z = 9) e número de massa 19 (A = 19) está localizado na Família 7A da Tabela Periódica, o que o classifica como pertencente à família dos halogênios. A sua configuração eletrônica, razão desta sua classificação, é 1s22s22p5, o que mostra que o átomo
de flúor possui sete elétrons em sua camada de valência (última camada,
camada L no caso do flúor). Dessa forma, o átomo de flúor necessita de um elétron para adquirir a estabilidade de um gás nobre (de acordo com a Regra do Octeto, oito elétrons na camada de valência conferem maior estabilidade a um átomo). Assim, o NOX (número de oxidação) do flúor é (-1), o qual expressa a sua tendência ao fazer apenas uma ligação química, em molécula orgânica ou inorgânica. O nome dado à partícula iônica F- é fluoreto, o qual é o ânion de muitos sais de importância laboratorial e industrial.
“O fluoreto é um composto químico binário derivado do ácido fluorídrico (HF), por substituição do hidrogênio por um metal ou radical monovalente positivo.”
Um fluoreto de algum metal trata-se de um sal inorgânico
onde está presente como ânion (partícula carregada negativamente) o
átomo de flúor monovalente, e um cátion metálico. O número de cargas positivas
deverá ser igual ao de cargas negativas, o que quer dizer que o NOX do
cátion será igual à quantidade de fluoretos existentes na molécula, uma
vez que o fluoreto realiza apenas uma ligação química. Portanto, no caso
do fluoreto de potássio, a fórmula molecular será KF (o metal potássio
apresenta NOX +1), já a fórmula molecular do fluoreto de magnésio será
MgF2, pois o metal magnésio apresenta NOX +2. E
ambos os metais exemplificados podem ter o seu NOX relacionado às suas
posições na Tabela Periódica: o primeiro na Família 1A e o segundo na
Família 2A.
Os sais formados pelo ânion flúor estão entre os mais corriqueiros da química inorgânica,
estando presentes em muitas substâncias naturais de ampla utilização na
indústria e no laboratório de pesquisa. O primeiro já citado, KF,
trata-se de um sal branco, inodoro, bastante solúvel em água, utilizado
diretamente para várias sínteses e como intermediário de várias outras.
Já o MgF2 é um sólido branco que se apresenta sob a forma de
cristais, muito tóxico para organismos marinhos, devendo seu manuseio e
descarte ser realizado com bastante cautela e sempre com absoluto
controle da situação do laboratório ou da indústria em ralação aos
possíveis impactos ambientais.
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