O querosene é um líquido fino e claro formado a partir de hidrocarbonetos. Obtém-se querosene por meio da destilação fracionada
do petróleo entre 150 ° C e 275 ° C, resultando em uma mistura de
cadeias de carbono contendo em torno de 12 a 15 átomos de carbono. Sua
utilização é indispensável em aeronaves de propulsão a jato, sendo também comumente utilizado como combustível de aquecimento. O calor de combustão do querosene é semelhante ao do diesel:
o seu poder calorífico mínimo gira em torno de 18.500 Btu / lb, ou 43,1
MJ / kg, enquanto que o seu poder calorífico máximo corresponde a
46.2MJ/kg.
O
elemento foi primeiramente descrito pelo físico, químico, alquimista,
filósofo persa al-Razi (Rhazes) como destilado de petróleo, em Bagdá no
século IX. Em seu "Kitab al-Asrar" (Livro
dos Segredos), ele descreveu dois métodos para a produção de
querosene. Um método envolvia a utilização de argila como um absorvente,
enquanto o outro método envolvia o uso de cloreto de amónio (sal
amoníaco).
Em 1846, obtém-se o querosene refinado a partir de uma substância
asfáltica que ocorre naturalmente, denominada "albertite", pelo geólogo
canadense Abraham Gesner, que, durante tal processo de descoberta
torna-se fundador da moderna indústria do petróleo. Gesner passou a
organizar sua Companhia, a "Querosene Gaslight" de modo a promover a
utilização do querosene em todo o mundo, em 1850, principalmente como
combustível utilizado nos postes de iluminação pública, inclusive
retendo a patente da utilização do nome "querosene" em seus produtos.
Em 1851, em Bathgate, o químico escocês James Young constrói a
primeira fábrica comercial de petróleo de funcionamento prático em todo o
mundo, usando óleo derivado de torbanite, xisto e carvão betuminoso
extraídos das minas próximas. Em 1856, o químico polonês Ignacy
Lukasiewicz descobriu um processo de refino de querosene por meio da
turfa, de custo reconhecidamente menor. A disponibilidade generalizada
de querosene mais barato foi o fator principal da decadência vertiginosa
da indústria baleeira, em meados do século XIX, pois o óleo de baleia
acabou por ser rapidamente substituído como o principal produto
combustível dos postes de iluminação pública das cidades.
Mais tarde, em 1880, o substituto do óleo de baleia foi considerado "explosivo, como pólvora". Em 39% dos incêndios da cidade
de Nova Iorque foram causados por lâmpadas de querosene com defeito.
Com o surgimento da lâmpada elétrica e lanternas alimentado por baterias
de células secas, o querosene torna-se obsoleto em seu principal uso.
Seu emprego como um combustível para cozinhar é restrito a apenas
alguns fogões portáteis para camping e também para aparelhos vendidos em
países menos desenvolvidos, onde geralmente é menos refinado e contém
impurezas e até mesmo presença de resíduos.
Às vezes é usado como uma fonte de calor durante as falhas de
energia, sendo vendido em alguns países em postos de abastecimento. O
uso de aquecedores de querosene portáteis não é recomendado para áreas
internas fechadas, sem chaminé, devido ao perigo de acumulação do
monóxido de carbono presente na composição do gás.
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