São chamados de actinídeos o conjunto ou série de elementos localizados na Tabela Periódica com números atômicos que vão do actínio
(Z = 89) ao laurêncio (Z = 103). O nome desse conjunto deve-se ao
primeiro elemento dessa sequencia, o actínio, sendo que os componentes
desta série também são chamados de actinóides. Os actinídeos formam ao
todo um grupo de 15 elementos, e juntamente com os lantanídeos, são conhecidos como metais de transição interna, compondo o bloco “f” da Tabela Periódica.
Na organização da tabela, estes elementos ficam posicionados em um
conjunto à parte, ao lado dos lantanídeos, permitindo uma disposição
mais racional, melhor distribuída. Algumas tabelas periódicas situam
estes elementos entre o rádio (Ra) e o rutherfórdio (Rf) formando uma versão mais alongada desta.
A razão de estarem agrupados em um conjunto específico baseia-se no
fato de suas duas camadas eletrônicas exteriores estarem estruturadas
igualmente, de modo que as diferenças residem apenas no número de
elétrons da terceira camada desde o exterior, pelo que, em grande parte,
têm o mesmo comportamento químico. Desse fenômeno nasce a grande
afinidade entre as propriedades químicas da série.
Dentro deste grupo temos elementos essenciais ao processo de obtenção de energia atômica, com destaque para o urânio 235 e o plutônio 239, matérias-primas do combustível utilizado nas centrais nucleares em reações de fissão nuclear.
Os actinídeos podem ainda ser divididos em elementos naturais, ou seja, que estão disponíveis na natureza e ainda nos chamados elementos transurânicos, que, devido à sua grande instabilidade, são obtidos apenas por meio de processos radioativos. São eles:
elementos naturais:
- 89 - actínio (Ac)
- 90 - tório (Th)
- 91 - protactínio (Pa)
- 92 - urânio (U)
elementos transurânicos:
- 93 - netúnio (Np)
- 94 - plutônio (Pu)
- 95 - amerício (Am)
- 96 - cúrio (Cm)
- 97 - berquélio (Bk)
- 98 - califórnio (Cf)
- 99 - einstéinio (Es)
- 100 - férmio (Fm)
- 101 - mendelévio (Md)
- 102 - nobélio (No)
- 103 - laurêncio (Lw)
Todos os actinídeos são radioativos, ou seja, emitem radiações
de modo espontâneo e se desintegram para dar origem a outros elementos
mais estáveis, de menor peso e números atômicos menores. A desintegração
radioativa é o fenômeno responsável pelo fato de que a maior parte dos
actinídeos não estarem disponíveis em estado natural. O tório e o urânio
existem na natureza porque são produtos da desintegração de elementos
transurânicos, além de terem meias-vidas relativamente longas. Quanto
mais instável um elemento, mais frequente será sua emissão de radiação,
portanto, mais rápida sua desintegração. É chamada de “meia-vida”
o tempo necessário para a carga radioativa do elemento se reduza à
metade, e seu valor varia de milhares de anos a poucos segundos. Os estudos
do desenvolvimento destes elementos possibilitaram a síntese de outros
elementos de transição, os chamados transactinídeos, que se iniciam a
partir do número atômico 104.
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